A repercussão da pesquisa Genial/Quaest se deve à ascensão do ex-governador Marconi Perillo (subiu 50%) e do senador Wilder Morais (aumentou 333%). O vice-governador Daniel Vilela (MDB) andou 8% e viu a turma se aproximar: Marconi (PSDB) empatou com ele em 1° e a diferença de Wilder (PL) minguou de 21% para 16%. A 4ª colocada, a deputada federal Adriana Accorsi (PT), está no levantamento por erro do instituto, pois será candidata à reeleição.

As tendências são 1) o PT apoiar Marconi e 2) Wilder crescer no eleitorado da direita, a turma do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Alguns analistas oficiais, inclusive um diretor do Quaest, deram a desculpa de que Daniel tem só 1 de cada 4 votos de Caiado por ser desconhecido. Meia verdade ou mentira inteira. 1) é mais conhecido que Wilder; 2) foi candidato duas vezes ao governo em quatro anos; 3) tem muito mais mídia que o Laticínio Piracanjuba; 4) para não ofuscá-lo, Caiado deixa de ir a eventos; 5) aumentando a exposição para vitaminar os índices, a aceitação pode subir junto com a rejeição, como ocorre com a pré-candidatura de Caiado a presidente.

Precisam inventar desculpas melhores. Daniel empacou e seu staff se desespera. Está há 5 anos na vitrine da gestão nº 1 do Brasil, Wilder tem mídia zero, mesmo eleito pelo Congresso em Foco o melhor senador de Goiás. Outra tese fake é a de que o candidato oficial tem piso alto e Marconi tem teto baixo. Nenhum dado técnico prova tamanha sandice. 

O problema de Marconi é estar sendo xingado há oito anos sem parar, mesmo sem condenação. O processo que custou-lhe uma noite na cadeia da Polícia Federal foi tão frágil que acabou absolvido. Com apoio de centro e direita, Marconi é favorito a estar no 2° turno. A espera é para saber contra quem, pois se Wilder dividir o caiadismo há o risco de Daniel ir para o 2° turno, mas apenas como eleitor.