Metas do Republicanos encaram desconfiança dos conservadores

O presidente nacional do Republicanos, deputado federal Marcos Pereira (SP), declarou recentemente que, a partir de agora, o ponto de partida para chegar ao topo do poder começa a partir de 2024. Ele quer conquistar o maior número de prefeitos e vereadores para a legenda em todo o País. Vencida essa etapa, o desafio sobe mais um degrau: conquistar a presidência da Câmara Federal em 2025. Desafio que vai depender de fatores como um possível desgaste de Arthur Lira (PP-AL) junto ao Centrão e o humor da esquerda com os conservadores. Nesse ponto que a corda estica. Pereira quer transformar o Republicanos “no maior partido conservador do Brasil e entre os grandes do mundo Ocidental”. Para conseguir esse feito, antes quer eleger o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, presidente da República. De novo a corda estalou de tão tensionada. Dentro do espectro conservador e de direita tem outros pretendentes, como o governador de Goiás, Ronaldo Caiado. Além disso, o presidente do PP nacional, senador Ciro Nogueira (PI), sonha em ter Tarcísio na legenda. Se não conseguir, não está descartada a ideia de apoiar Caiado para presidente. É muito ‘dente de dragão’ na frente de Pereira para alcançar objetivos. Além disso, os evangélicos não estão felizes com o Republicanos com um “pé no barranco e outro na canoa”, ou seja, meio lulopetista e meio conservador.

Em dez anos, o topo do poder

A jornada de dez anos que ele impôs ao partido como limite de tempo para que essa conquista vire realidade, terá que deixar mais claro o seu posicionamento junto ao eleitorado conservador, principalmente os evangélicos. O DNA político tem fortes raízes nesse segmento que não vê com alegria a dubiedade da legenda.

Exemplo ruim

Se for balizar o comportamento do Republicanos pelo tratamento que deram ao prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, que a legenda serviu somente ‘pão e água’ como apoio político, vão ter que se esforçar mais para convencer os eleitores.

Lira em Goiânia

O presidente do PP em Goiás e da Agehab, Alexandre Baldy, concilia agendas dos presidentes do PP nacional, senador Ciro Nogueira (PI), da Câmara, Arthur Lira (AL), e do ministro dos Esportes, André Fufuca (MA). Baldy mostra força junto à cúpula da legenda e sedimenta sua liderança em véspera da escolha de prefeitos e vereadores. Vai provocar barulho.

Caiado no radar…

… da mídia nacional. Tem sido requisitado cada vez mais para entrevistas. Sinal que existe vida política inteligente além dos grandes centros populosos. Nesta segunda-feira (2), ele falou com o UOL e aproveitou para defender a polícia goiana: “Nossas tropas não têm divisa. Temos uma polícia sem fronteira, que age imediatamente e de forma conjunta, não dando tempo para que as pessoas se sintam inseguras”.

Por isso…

Questionado sobre o pleito de 2026, disparou que não concorreria contra Tarcísio de Freitas. Acerca do apoio de Bolsonaro, foi sincero: “Quem é que nega apoio? […] O Bolsonaro teve cassados seus direitos políticos até 2030 e sabemos que, ao não poder ser candidato, se torna um cabo eleitoral forte para qualquer campanha”.  

Vou de bicicleta

Após tramitação na Alego, o projeto de lei de autoria do deputado estadual Delegado Eduardo Prado foi aprovado em segunda votação. O projeto altera a Lei nº 16.369, que institui a política de incentivo ao uso da bicicleta em Goiás. A propositura segue agora para a governadoria para sanção ou veto. (Especial para O Hoje)