Antes da ida de Jair Bolsonaro para a fase mais duradoura de sua passagem pelo regime fechado, ficou definido que sua mulher, Michelle de Paula, será candidata ao Senado pelo Distrito Federal e seu filho senador (RJ), Flávio, vai de companheiro de Tarcísio de Freitas (SP) na chapa presidencial do Centrão. Vão lutar para reduzir penas daqueles a que o ministro Alexandre de Moraes (STF) decidiu não dar chance, e anistia aos milhares pegos como bois de piranha. Eis o resumo feito à coluna por um participante da reunião definitiva da direita na segunda-feira desta semana, em Brasília.

Eduardo gostaria de tentar a presidência. Como não haveria possibilidade para novos encontros, já que Jair cumprindo prisão está impedido de fazer política, cortou-se a conversa e foi direto ao que interessa: caso volte para o Brasil e continue a ter condições de elegibilidade, na hipótese de ficar solto, será candidato ao Senado por São Paulo, assim como Carlos, o vereador carioca que já se mudou para Santa Catarina e está junto com o irmão Jair Renan. 

Por essa partilha, Tarcísio sairia da bolha do bolsonarismo e batalharia por voto dos bolsonaristas, mas também do eleitor do Centrão, ele em SP, Flávio no RJ junto com o governador Cláudio Castro, Ronaldo Caiado no agronegócio e na segurança pública (interior de SP, MG, PR, RS, BA, zonas metropolitanas de Salvador, Manaus, Recife, Belém, Fortaleza, BH, DF, Rio e São Paulo). Os governadores Romeu Zema, Ratinho Jr., Castro e Eduardo Leite serão candidatos ao Senado.