Segunda-feira, 01 de julho de 2024

Coluna

Na era Lula, o 7 de setembro é formal e o povo ausente

Publicado por: Wilson Silvestre | Postado em: 08 de setembro de 2023

Brasília tem sido o termômetro do humor do brasileiro em relação aos políticos e a economia. Na era do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), não faltavam motivos para manifestações da massa em torno de sua figura. O único líder que arrastava multidões, antes dele, era o presidente Lula, mas hoje, o apogeu do passado se restringe à retórica de “encantador de multidões”. Os escândalos de corrupção da era PT ainda estão vivos na memória da classe média e parte da elite. Esse ranço a odor de naftalina, aliado ao ódio que a esquerda nutre pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mantém um fosso entre o lulopetismo e a direita. Essa divisão ficou evidente nesta quinta-feira (7), data da Independência do Brasil. O apelo do “fique em casa” dos bolsonaristas e o mega aparato de segurança afastou o povo da maior festa de civismo que um país pode ter: sua independência. A imagem de um palanque abarrotado de autoridades contrastava com o vazio da Esplanada dos Ministérios. De acordo com o cientista social e consultor em estratégias políticas, Paulo Kramer, “a ausência do povo no 7 de setembro deste ano evidencia que, hoje no Brasil, a população politicamente ativa é esmagadoramente de direita”. “Isto deve soar como alerta ao lulopetismo, seus aliados na juristocracia e suas tentativas em reescrever a História. Eles já não convencem mais ninguém”, resume o professor Kramer.

Ausência de patriotismo

Kramer lamenta a ausência de patriotismo e cidadania promovida sob a liderança do ex-presidente Jair Bolsonaro. “O Brasil estava deixando de encarar o 7 de Setembro como um evento chapa-branca, passeatas marciais a que o povo ‘bestializado’ assistia – na frase imortal do republicano histórico Aristides Lobo – e se acostumando a vivenciá-lo como festa de alegre e altiva participação cívica.”

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50 tons de povo

Descontado o 7 de setembro de 2022,  que reuniu 125 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios (no WhatsApp falava-se em 1 milhão), o desta quinta-feira (7) teve 50 mil, de acordo com o Palácio do Planalto. Número modesto para um presidente que jacta-se como “pai dos pobres”.

“Sou candidata”

A Secretária de Desenvolvimento Humano e Social da Prefeitura de Goiânia, Maria Yvelônia (Republicanos), é categórica: “Sou pré-candidata a prefeita de Valparaíso e, se preciso for, vou disputar na convenção”.

Encrenca à vista

O protesto de Yvelonia é devido ao Republicanos em Goiás, comandado por Hildo do Candango, ter cedido às pressões do deputado federal Fred Linhares e anunciado o apresentador de programa policial Gláucio Teixeira (Republicanos).

“Eu moro em…

… Valparaíso, tenho trabalho prestado e atuo junto às camadas mais carentes do município há anos. Agora vem um alpinista politico querendo atropelar o trabalho de anos dedicados ao partido”, protesta Yvelonia. Ela disse que outras legendas à procuraram, mas vai aguardar o desfecho.

Lavando roupa

A propósito: nesta segunda-feira (11), os Republicanos sentam à mesa com o prefeito Rogério Cruz querendo mais um naco do poder. É bem provável que o presidente do Republicanos em Goiás, Hildo do Candango, assuma uma secretaria. A conferir.

Tributária lenta

Assim como os setores organizados da sociedade, o presidente do Sindifisco-GO, Paulo Sérgio, acompanha de perto as discussões da Reforma Tributária no Senado. “As propostas de alterações no texto ainda não evoluíram nos debates, mas acredito que até o final do mês de setembro a tramitação do projeto ganhe maior velocidade”, afirma. (Especial para O Hoje)