Na guerra das narrativas entre direita e esquerda, a verdade é uma das vítimas
Desde o momento em que as redes sociais passaram a ser o canal de comunicação mais democrático, a desinformação prolifera como uma praga. Qualquer evento que envolve o debate público e as futricas da vida alheia, principalmente de personalidades midiáticas, vira um blá blá blá fútil, mas atrativo aos likes. Mas é na política que o compartilhamento entre grupos nas plataformas digitais ganha notoriedade e impacta a opinião pública. Hoje, as redes sociais são uma ferramenta imprescindível, seja para negócios, relacionamentos, pesquisas e uma infinidade de serviços.
Entretanto, a partir da polarização entre direita e esquerda, ou para os mais ideológicos, lulopetismo e bolsonarismo, a verdade e a mentira passaram a ser a principal arma para atacar os adversários. Até o PT, que sempre condenou as redes sociais por produzirem fakes news, se rendeu à ‘informação miojo’. Porém, com a aproximação da eleição em 4 de outubro de 2026, a guerra ideológica entre direita e esquerda se acirrou. O exemplo mais recente foi a ação da polícia fluminense contra o domínio do crime e tráfico de drogas no Rio de Janeiro. Esse confronto se tornou bate boca nas TVs, rádios e nas plataformas digitais, principalmente no ‘X’.
Poucas vezes se viu um debate tão acirrado. De um lado, jornalistas engajados, militantes de esquerda, representantes de ONGs e ‘sociólogos’ de plantão ditando regras e destilando soluções. Em comum, a condenação ao governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e seus auxiliares, notadamente os das forças policiais. Acusam a polícia de ter promovido uma chacina com 121 mortos, incluindo quatro policiais. Mas o que se vê nas redes é, de um lado, a esquerda criminalizando quem é de direita e este responde com fatos. Até o presidente Lula aderiu ao jogo das narrativas.
Ciro Nogueira calibra críticas
O presidente da federação União Progressista e do PP, senador Ciro Nogueira (PI), voltou a postar mensagens mais ácidas no ‘X’. Crítico do governo Lula, ele tinha moderado as palavras, mas agora calibra o posicionamento sobre a ação das forças de segurança do Rio, que resultou em 121 mortes, sendo quatro de policiais. Diz Ciro Nogueira: “De um lado, a farda dos policiais, do outro, o fardo dos criminosos. De um lado, o discurso fraco de quem nada faz, de outro, a ação firme de quem está do lado do povo. De um lado, o Brasil sendo tomado pelas facções, do outro, os brasileiros clamando por liberdade. Só existem dois lados: contra ou a favor. Nós somos a favor do Brasil e dos brasileiros e contra os inimigos do povo”.
Rio Verde industrial
O prefeito de Rio Verde, Wellington Carrijo (MDB), o ex, Paulo do Vale (UB), e o deputado estadual Lucas do Vale (MDB) comemoram o lançamento da pedra fundamental da nova biorrefinaria de etanol de grãos da Inpasa. A empresa, que se destaca como a maior produtora de etanol de milho da América Latina, planeja investir R$ 2,4 bilhões na construção da unidade, com previsão de conclusão até o final de 2026.
Dia feliz
Carrijo postou vídeo nas redes sociais, entre o ex-prefeito Paulo do Vale, maior incentivador da agroindústria em Rio Verde, e do deputado estadual Lucas do Vale. “Cada vez mais nossa cidade avança na geração de empregos, renda e qualidade de vida. O deputado Lucas, o Dr. Paulo, eu e todos empreendedores trabalhamos para transformar nosso município numa referência nacional em todos os indicadores”, disse Carrijo à coluna.
Ele pode?
Dois pesos e duas medidas? Esta pergunta circula entre as lideranças de direita no Congresso todas as vezes em que o presidente Lula usa o palanque para seu proselitismo político eleitoral. A crítica faz sentido porque, se fosse alguém da oposição, logo seria multado.
Alego internacional
O presidente da Alego, Bruno Peixoto (União Brasil), e o secretário de Relações Internacionais da Alego, Michel Magul (PSDB), receberam 12 deputados de nove países diferentes para debater agronegócio, pecuária e a internacionalização do debate sobre as terras raras.
Sempre ele! – Mais uma vez o “paladino da moralidade pública” e líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias, critica a criação do “Consórcio da Paz”, proposto por sete governadores para combater o crime. “Alguns governadores da direita preferem o uso político da barbárie e transformam a tragédia em palanque eleitoral.”