Nova promessa para 2026 é sobrar vaga além das cotas
O Brasil está na contramão das maiores empresas do mundo. Enquanto elas se livram da maldição da tal política identitária, por aqui os grupos organizados mandam em universidades, imprensa e governos. O domínio chegou a tal ponto que implantaram em concursos públicos percentuais reservados para trans, com 2% das vagas disponíveis ou no mínimo uma a cada 30. Imagine que a pessoa é atendida numa repartição e o servidor disponível foi escolhido por critério de preferência sexual – se ficar satisfeito, tudo bem; se reclamar, será cancelado.
Isso tem tudo a ver com política, pois foi um diferencial competitivo em 2022 – Lula venceu Jair Bolsonaro por menos de 1% e não seria exagero dizer que o eleitorado LGBTQIAPN+ foi decisivo.
As cotas para pessoas com deficiência são justificáveis, mas as demais apenas mudam de lado a discriminação. A injustiça ocorre com os concorrentes e com o público que vai consumir os serviços. De profissional de saúde selecionado em provas e títulos espera-se desempenho compatível com o cargo, não importa a cor de sua pele, sua origem ou suas experiências íntimas. O mesmo para a questão de gênero, ao se combater o machismo com injustiça contra quem não é machista.
A política do nós contra eles atingiu o paroxismo de se decidir por um candidato a balconista ou a parlamentar apenas por ser obrigação legal. Não é questão de mérito, mas de pressão de grupo. O aprovado não é o melhor, é o que exibe mais militância. É o esperado para as urnas de 2026, a começar das diversas cotas de gênero e etnia. O eleitor pode até preferir alguém competente, mas o Estado faz tudo para lacrar.