O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), vem utilizando artimanhas para tentar barrar, a todo custo, o projeto da anistia. Visto como um dos pilares do bolsonarismo, a pauta enfrenta forte resistência do Supremo e dos governistas, que não querem ceder a um perdão total.   

Nesta segunda-feira (5), parlamentares iniciaram a discussão do projeto de lei que pode aumentar o número de deputados na casa legislativa. Motta pautou um requerimento de urgência sobre a proposta.   

No entanto, deve-se ponderar que o debate ocorre após uma determinação do Supremo para que o Congresso Nacional revise o número de deputados por estado na Câmara Baixa. Na decisão, as mudanças devem decorrer com base nos dados populacionais mais atualizados, até o dia 30 de junho deste ano.

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Mesmo que se avalie que o tribunal pesou a favor da obstrução da anistia, com um projeto de lei mais ‘atrativo’, é prerrogativa do presidente da Câmara a decisão de pautar ou não os deputados. Tal relação corrobora para a tese fundamental que indica o alinhamento de Motta ao STF e ao Lula.   

Hoje, os representantes dos Poderes Executivo e Judiciário são forças que querem registrar, nos anais da história, os atos de vandalismo do 8 de janeiro como uma tentativa de golpe de Estado.   

Independente do mérito da questão, descobriram que a anistia tem um vigor irrefreável. Com isso, tentam desidratar a pauta para uma proposta mais ‘aceitável’ — a diminuição das penas.