O que fazer para Daniel herdar votos de Caiado e Wilder de Bolsonaro
No 2º turno de 2022, Jair Bolsonaro (PL) teve 58,71% e Lula (PT), 41,29% dos votos em Goiás. Ronaldo Caiado (UB) se reelegeu no 1º turno com 51,81%. Como se vê, dos pré-candidatos a governador em 2026, apenas Daniel Vilela (MDB) teve candidato ao Palácio das Esmeraldas com desempenho satisfatório: o de Wilder Moraes (PL) ficou com 14,81% (3º lugar) e o de Adriana Accorsi (PT), 6,98% (4º). Assim como Adriana e Wilder, outro pré-candidato deste ano concorreu na passada, Marconi Perillo, e tirou 19,8% para senador, 2º colocado para uma única vaga.
O que Wilder, Adriana e Daniel terão de fazer para obter índices tão superlativos? O óbvio, se parecer com os vitoriosos. Mimetizar se necessário. Imitar. Ser a sombra. No caso do PT, existe uma dificuldade desde 1994, pois o partido no Estado se formou com intelectuais, sindicalistas e religiosos católicos. Nenhum deles com o perfil de Lula. Por isso, as votações para presidente não se repetem para governador e o PT elege aqui apenas deputados (poucos estaduais, pouquíssimos federais) e prefeitos (raros).
Wilder terá de unir os que se elegeram no PL a deputado e prefeito, inclusive os que já saíram, e contar com a família Bolsonaro, no caso de Jair continuar preso. Além disso, investir no próprio currículo, de vencedor no ramo empresarial e os resultados como senador, conhecidos por quase ninguém no Estado.
Daniel tem a missão de, ao assumir em abril, não deixar os goianos sentirem que o governador mudou. Precisa parecer com os prefeitos que o ajudam. Vestir-se igual a eles. Deixar o suor escorrer. Revelar-se emotivo. Enfim, ser um misto de seus dois pais, o biológico, Maguito, e o político, Caiado.