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domingo, 14 de dezembro de 2025

Oposição aproveita escândalo do Master para ‘desconstruir’ Ibaneis

Wilson Silvestrepor Wilson Silvestre em 19 de novembro de 2025
Master
Takeshi Gondo - Ilustrador

O escândalo financeiro do Banco Master, que arrastou o Banco Regional de Brasília (BRB) para o serpentário político do Distrito Federal, coloca o governador Ibaneis Rocha (MDB) numa ‘saia justa’. Ele defendeu publicamente o negócio entre as duas instituições, mas, por conta da alta concentração de passivos em CDBs e o risco no investimento em precatórios, o Banco Central (BC) brecou a transação. A partir desse impasse, entra em cena a oposição capitaneada principalmente pelas lideranças que mais criticaram o negócio: Geraldo Magela (PT) e Ricardo Cappelli (PSB), ambos pré-candidatos a governador do DF em 2026.

Para experientes políticos que acompanharam o embate de Ibaneis sobre a viabilidade do negócio, o campo da esquerda deve aproveitar este restinho do ano pré-eleitoral para ‘sangrar politicamente’ o governador. Os mesmos observadores acreditam que os ataques a Ibaneis devem ficar restritos à política local. Isto porque, nos bastidores, especulam que tem gente graúda do PT baiano no lobby para que o BRB comprasse parte do Master. Se, ao longo das investigações, descobrirem que tem petista no Congresso por trás da negociação, é provável que os ataques da oposição de esquerda no DF fiquem restritos ao campo eleitoral.

Para mostrar que não tem nada a esconder das investigações, o governador Ibaneis Rocha nomeou um novo presidente do BRB, Celso Eloi de Souza Cavalheiro. Ele deve permanecer no cargo, pois Paulo Henrique Costa foi afastado pela Justiça e dificilmente retornará ao cargo. Enquanto não tiver um desfecho do caso, a oposição aproveita para ocupar espaço na mídia e “bater’ na dupla Ibaneis Rocha e sua vice, Celina Leão.

 

Valdemar confirma Wilder candidato

Diante das principais lideranças do PL, o presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto, confirmou que o senador Wilder Morais será o pré-candidato a governador de Goiás. Wilder foi o primeiro a falar, tendo ao lado os deputados federais, estaduais e lideranças que vão disputar mandato. “Presidente, eu tentei segurar o anúncio até abril do próximo ano, mas a pressão é muito grande para colocarmos o nosso nome à disposição dos goianos”, disse Wilder.

 

Bolsonarismo presente

A reunião com Valdemar Costa Neto foi referendada pelo senador Flávio Bolsonaro e pelo vereador Carlos Bolsonaro. O simbolismo em ter os dois filhos do ex-presidente na reunião pode ser lido como um importante aval à caminhada de Wilder Morais rumo ao Palácio das Esmeraldas.

 

Eduardo e Lissauer

Dois personagens se destacam na reunião desta segunda-feira (17) que decidiu pela candidatura de Wilder: o deputado estadual Delegado Eduardo Prado e o pré-candidato a deputado estadual Lissauer Vieira. Eles tiveram papel relevante ao argumentar sobre a importância de ter candidato a governador.

 

Daniel focado

De acordo com fontes próximas ao vice-governador e pré-candidato natural da base caiadista, Daniel Vilela (MDB), a movimentação da oposição, seja Wilder Morais (PL) ou Marconi Perillo (PSDB), não afeta em nada a estratégia de aglutinar aliados. O foco, segundo assessores, é levar as conquistas do governo aos 246 municípios goianos e mostrar a diferença entre os governos do passado e o que é o Estado hoje.

 

Vigilante na defesa

O deputado petista e um dos parlamentares mais atuantes do Legislativo do Distrito Federal, Chico Vigilante (PT), fez um pronunciamento na Câmara em defesa do BRB e dos milhares de servidores públicos que dependem do banco. “A Justiça autoriza bloqueio de bens do BRB e do Banco Master, mas isto é muito grave, porque os servidores públicos do Distrito Federal recebem através do Banco de Brasília. A indústria, o comércio, a construção civil dependem efetivamente da instituição”, lamenta Chico.

 

Celina no contraponto – A vice-governadora do DF, Celina Leão (PP), foi incisiva ao afirmar que “não temos compromisso com erro”. “O governador Ibaneis fez hoje a troca [do presidente do BRB] e o que tiver que ser apurado será apurado.” Celina sabe que a oposição vai explorar o episódio e age rápido para contrapor os ataques.

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