Paulo Octávio na porta de saída do PSD com a chegada de Arruda
Reza a regra entre lideranças que disputam cargos eletivos que na política o que impera é o pragmatismo e não as amizades. O aliado de agora, daqui a pouco, pode virar adversário se uma nova aliança parecer vantajosa. A norma, se é que tem, é vencer os oponentes e conquistar o poder. Pode parecer cruel, mas é assim que a política brasileira se move, afinal, o único partido na atual safra de siglas que tem uma linha programática ainda é o PT. Então ninguém se espanta com a chegada do ex-governador José Roberto Arruda ao PSD.
No entanto, não existe ganho sem dor. Arruda entra pela porta da frente e o empresário Paulo Octávio deve sair pela lateral. Não tem como o PSD continuar a comandar três secretarias no governo da dupla Ibaneis Rocha e Celina Leão tendo um pré-candidato de oposição aos dois. Pragmático, Paulo Octávio não terá alternativa a não ser deixar o PSD. Essa freada brusca afeta os planos de Paulo Octávio de eleger seu filho, André Kubitschek, deputado federal. Quando ele convidou Arruda para se filiar no PSD, a ideia era tê-lo como puxador de votos para deputado federal.
Resta a Paulo Octávio duas alternativas: ficar no PSD e abraçar a candidatura em oposição a Ibaneis e Celina para eleger o filho, perder as três secretarias que comanda no governo ou sair do PSD e se manter fiel ao grupo do governador. Dentro das opções, existe uma luz no final do túnel: Celina abriria mão do comando do PP e passaria a liderança da legenda para Paulo Octávio, mas essa alternativa demanda uma longa negociação.
Pragmatismo de Celina
Nos bastidores da política de Brasília, o assunto tem sido ventilado e aliados de Celina Leão dizem que ela não se opõe à ideia de transferir o comando do PP local para Paulo Octávio. A princípio, não existe nenhum óbice, mas o que realmente interessa a Ibaneis e Celina é o apoio do PL com a ex-primeira-dama do País, Michelle Bolsonaro, junto.
“Daniel é preparado”
A prefeita de Porangatu, município do Norte goiano, Vanuza Valadares (União Brasil), disse à coluna que as pesquisas que apontam o vice-governador Daniel Vilela (MDB) com “uma boa vantagem em relação aos seus adversários são reflexo da seriedade com que ele conduz a governança e as costuras políticas”. Vanuza diz acreditar que o pré-candidato da base caiadista caminha para ampliar essa vantagem na intenção de votos até outubro de 2026. “Daniel é um líder preparado, da confiança do governador Ronaldo Caiado e sabe como ninguém as demandas dos municípios”, pontua Vanuza.
Wilder bombou
O Rota 22 do PL de Goiás teve mais uma edição nesta quinta-feira (11). Desta vez foi em Jataí, município importante do agronegócio, comandado pelo prefeito do PL e aliado de Wilder, Geneilton Assis. Na avaliação dos aliados, Wilder bombou e fez um discurso de pré-candidato a governador. O público foi estimado em 1,2 mil pessoas. Wilder reforçou a necessidade de ampliar a presença do PL nos municípios. Destacou que o ciclo do Rota 22 é fundamental para alinhar propostas e conhecer de perto as principais demandas dos cidadãos dos 246 municípios goianos.
Gayer na mira
O indiciamento contra Gustavo Gayer (PL) por suspeita de desvio da cota parlamentar reforça a imagem de que o Judiciário tem perseguido candidatos de direita. Gayer lidera as sondagens para o Senado, disputando protagonismo com a primeira-dama Gracinha Caiado.
Podemos robusto
De liderança em liderança, o comandante do Podemos em Goiás, deputado federal Glaustin da Fokus, fortalece seu partido. Depois do convite ao casal Gustavo Mendanha e sua mulher, Mayara, para se filiar à legenda, agora é a vez da dupla deputada federal Flávia Morais e seu marido, Dr.George Morais, deputado estadual, ambos filiados ao PDT.
‘Guardião’ empoderado – Ao retirar o ministro do STF, Alexandre de Moraes, e sua esposa, Viviane, da lista de sancionados da Lei Magnitsky, Donald Trump empoderou ainda mais o ‘guardião’ da democracia brasileira e reforçou o discurso de que “Lula é o cara”.