Pelo que faz na Assembleia, Bruno só pode ser doido… por dinheiro
O camaleônico AeroBruno Peixoto é notícia novamente neste fim de semana por ter levado a Assembleia Legislativa ao fundo do poço e continuar cavando. Disse que estão sobrando cerca de R$ 600 milhões no caixa e pretende distribuir mais essa montanha de dinheiro entre os 40 colegas — R$ 15 milhões para cada.
AeroBruno, que ganhou o apelido por criar asas sem tomar Red Bull, comprou avião e agora foi longe demais. Tentou dar o cano nos colegas e foi pego no pulo ao lançar vereadores nas bases dos atuais deputados estaduais, que dizem a O HOJE que vão “dar o troco na hora certa, no fim da campanha”. Junto com os prefeitos que os apoiam, não deglutem a estratégia de AeroBruno para ser deputado federal: “Ele acha que vai ter 250 mil, 300 mil votos, mas o que é dele está guardado”.
O povo na crise, o Estado precisando de recursos, esbanjar é uma loucura. Bruno não é doido, só se for por poder e dinheiro. Poderia devolver os R$ 600 milhões e sugerir ao governador Ronaldo Caiado que comece um Cora em Iporá ou Santo Antônio do Descoberto. Por esse tipo de atitude, os deputados vão ficando sem voto de opinião; a única chance de se reeleger é comprando ou arrumando emprego no serviço público.
Parte dos colegas já acha que “o fim de Bruno vai ser o mesmo dos outros”. Os presidentes anteriores a AeroBruno se lascaram. Jardel Sebba se aposentou. José Vitti continua fora. Helder Valin se abrigou no TCE. Fábio Sousa, Lissauer Vieira, Hélio de Sousa e Samuel Almeida vêm colecionando derrotas. AeroBruno pode virar chefe de gabinete de Tião Peixoto na Câmara de Goiânia — se o Tião quiser.