PF cada vez mais perto dos que cobraram ‘comissão’ por emendas
A recente operação da Polícia Federal (PF) que vasculhou o gabinete do deputado do PSB pelo Ceará, Júnior Mano, nesta terça-feira (8), sob a acusação de envolvimento em desvio de recursos públicos por meio de emendas parlamentares, deixou muitas excelências de orelhas atentas. A operação está sendo vista como mais um aperto no torniquete no Congresso aplicado pelo ministro do STF, Flávio Dino, principalmente na Câmara Federal. Ele está determinado a esclarecer e dar transparência onde foi aplicado às emendas parlamentares.
No entanto, a turma dos ternos impecáveis, até o momento não deu uma explicação convincente ao STF. O ministro Flávio Dino, responsável pela autorização à PF para investigar o paradeiro da montanha de recursos públicos distribuídos pelos deputados e senadores, quer explicações convincentes. Não à toa, a operação desta terça-feira (8) feita pela PF, foram cumpridos 15 mandatos autorizados pelo ministro Gilmar Mendes. Diante desse cerco da justiça por meio da PF, é possível deduzir que se trata de uma operação que, a cada investigação, chega-se mais perto de saber onde os mais de R$ 7 bilhões em emendas foram aplicados.
Para se ter uma ideia dessa dinheirama, no final de dezembro de 2024, logo após a eleição, notadamente entre os dias 12 e 13 de dezembro, R$ 7,1 bilhões foram liberados. Desde quando essa modalidade de repasse de recurso público foi instituída pelo Congresso, quase R$ 39 bilhões passaram pelos interesses políticos dos deputados e senadores. Por conta dessa montanha de recursos arrancados dos contribuintes, o ministro Flávio Dino resiste às pressões políticas e não baixa a guarda. Dino disse várias vezes que o STF respaldou suas ações em esclarecer para a sociedade, se realmente as excelências cobram comissão de 10, 20 e até 30% para liberar emendas aos municípios.
Tarcísio entra na polarização e bate duro
Ao responder a uma crítica do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas apoia as tarifas alta para produtos brasileiros “só para agradar Bolsonaro”, a resposta veio como um tijolaço: “Primeiro, eu acho que ele tem que cuidar da economia. Se ele cuidasse estaria indo bem, mas o Brasil não está bem. Acho que cabe a ele falar menos e trabalhar mais e a gente precisa, obviamente, sentar à mesa, deixar de lado as questões ideológicas, deixar de lado as questões políticas, deixar de lado o revanchismo, as narrativas e trabalhar”.
Americanos aliados
Tarcisio defende que agora precisa estabelecer uma mesa de negociação e que, ultimamente o que se vê, é o Brasil se afastar da Casa Branca. “A gente tem dado demonstrações muito ruins, como na última reunião dos Brics, então, temos muito a perder, afinal, os americanos sempre foram nossos parceiros e aliados de primeira hora”.
Nogueira rebate Rui
O senador e presidente nacional do PP, Ciro Nogueira (PI), postou resposta no pelo ‘X’, à fala do ministro Rui Costa, que critica Tarcísio de Freitas por “agradar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e apoiar a decisão do presidente dos EUA, Donald Trump em taxar os produtos brasileiros em 50%”. Ciro foi na jugular: “Sua função agora é tirar o Brasil da encrenca em que o radicalismo da diplomacia do PT enfiou o país, e não ficar batendo boca com o governador de São Paulo. Vai trabalhar”!
Vices no comando
A vice-governadora do DF, Celina Leão (PP) cumpre uma extensa agenda como governadora em exercício. Além de vistoriar obras, ela dedica boa parte do expediente em reuniões com gestores das Ras para cobrar agilidade nas ações administrativas e obras. O mesmo ocorre em Goiás com Daniel Vilela (MDB) que está à frente do governo a partir desta sexta-feira (11). Na agenda, visitas à obras no interior e articulações políticas.
Marco na saúde
A criação do consórcio intermunicipal para gestão do SAMU 192 na macrorregião Centro-Norte estabelece um novo marco na saúde em Goiás, conforme disse o governador em exercício, Daniel Vilela, “a iniciativa representa a maior revolução na rede de urgência e emergência em todo esse tempo no Estado”. A estrutura conta com 41 ambulâncias básicas, 12 de suporte avançado, quatro motolâncias, central única de regulação e dois helicópteros aeromédicos.
Crime ambiental
Um leitor de Iporá que acompanha o jornal O Hoje, envia uma denúncia publicada no portal de notícias Oeste Goiano. Trata-se de um crime ambiental no Morro do Macaco que teve seu topo nivelado com autorização da gestão da prefeita, Mariza Cunha (PP). A área nivelada é de aproximadamente 300 metros quadrados. O leitor pergunta: “E quando as chuvas chegarem, quem vai deter a erosão devido a falta de vegetação”? Com a palavra, a prefeita Mariza e a Semad.