Coluna

Piso de enfermagem e professores impacta pequenos e médios municípios

Publicado por: Wilson Silvestre | Postado em: 03 de fevereiro de 2023

Mais uma encrenca anunciada que vai cair no colo do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Trata-se do reajuste nacional do piso dos professores anunciado pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC), logo que o PT assumiu a gestão federal. Iniciativa louvável e mais do que justa, mas “o problema não é o reajuste e sim, como pagá-lo se a maioria dos municípios pequenos e médios estão quebrados?”, questiona o prefeito de Iporá, Naçoitan Leite. Ele frisa que, com o reajuste, o salário mínimo para um professor será de R$ 4.420,55, soma-se a este reajuste, uma outra encrenca: o piso de enfermagem. Mesmo estando suspenso por falta de uma fonte de recursos, a categoria pressiona para que os R$ 4.750,00 mínimo para enfermeiros, 70% aos técnicos e 50% para auxiliares e parteiras seja resolvido rápido. “Assim fica fácil, o Governo Federal ou o Congresso aprova uma lei, no caso o piso de enfermagem, mas quem vai pagar é a prefeitura. Se não tiver recursos, o desgaste fica com o gestor”, pontua Naçoitan. Na mesma linha segue o prefeito de Jataí, Humberto Machado (MDB). “Se o nosso hospital municipal não tivesse sido passado para o Estado, o impacto na folha dos servidores de saúde seria de R$3,5 milhões por ano”, diz Humberto. O prefeito avalia que este recurso destinado aos servidores, “reduz a capacidade de investimentos no município em áreas importantes para a população”.

Municípios no limite prudencial

Se não bastasse o impacto na folha salarial das prefeituras que beira o limite prudencial de 54%, índice recomendação pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), ainda pode desencadear uma onda de reivindicações de outras categorias de servidores. “Não acredito que o presidente Lula vai empurrar mais essa conta para os municípios. Isto seria uma quebradeira geral e um atropelo ao pacto federativo com graves consequências aos cidadãos, sem contar o desgaste político para todos os poderes”, diz o prefeito de Novo Gama, Carlinhos do Mangão (PL).

Continua após a publicidade

Mudou de lado

Na era Bolsonaro, os mais barulhentos defensores do presidente da República era a bancada evangélica. Agora mudaram de lado rapidinho e caminham para apoiar o governo do presidente da vez, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Vão ganhar até uma vaga no Tribunal de Contas da União (TCU). Oremos!

Demóstenes Torres

O procurador-geral da República, Augusto Aras citou o ex-senador e procurador de justiça aposentado, Demóstenes Torres em seu discurso na abertura dos trabalhos da justiça. Aras se referiu sobre quem vai estar ao lado na hora da batalha, segundo ele, frase de Demóstenes.

GoiásFomento

A possível transferência do agente financeiro do governo, a GoiásFomento para a Secretaria da Retomada, divide opiniões: uns acham que ela na Secretaria de Indústria e Comércio atrai mais empresas e na geração de empregos do que na área social.

“Situação trágica”
Vereador Lucas Kitão (PSD) quer convocar o secretário de Saúde da Prefeitura de Goiânia, Durval Pedroso, para prestar contas acerca das obras de manutenção dos CAIS em Goiânia. Cita como exemplo de descaso, o do bairro Amendoeiras, que está “em uma situação trágica, calamitosa e de abandono”.