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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

PL do DF avalia candidatura própria em contraponto à chapa de Ibaneis

Wilson Silvestrepor Wilson Silvestre em 20 de setembro de 2025
Takeshi Gondo - Ilustrador
Takeshi Gondo - Ilustrador

Enquanto o grupo do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), festeja a montagem da chapa majoritária de seu grupo para 2026 — tendo ele como candidato ao Senado, sua vice, Celina Leão (PP), ao governo, e na vice o aliado Gustavo Rocha (Republicanos) —, o PL se sente à vontade para avaliar uma candidatura própria. Por enquanto, essa é a alternativa que resta à legenda, depois que o governador antecipou, em um ano, a disputa ao Palácio do Buriti. Embora o PL esteja em meio a um impasse no plano nacional, no DF, conforme mostram as pesquisas, a ex-primeira-dama e presidente nacional do PL Mulher, Michelle Bolsonaro, lidera com folga a intenção de votos para o Senado.

No entanto, para o governo, o senador Izalci Lucas patina em números modestos, bem atrás de Celina Leão (PP), que aparece isolada. O problema é que, sem o apoio do PL, Celina chega ao segundo turno, mas o cenário pode mudar. No campo das hipóteses, ela enfrentaria um candidato da esquerda que, certamente, unificaria forças no segundo turno. Se o PL lançar candidatura própria, tira votos de Celina, já que disputam no mesmo campo da direita e centro-direita.

Do lado do PL, o presidente nacional da legenda, Valdemar Costa Neto, tem no banco de reservas um “camisa 10”: José Roberto Arruda. Coincidentemente, as pesquisas o colocam em segundo lugar, ainda distante de Celina, mas com potencial. É natural que Celina lidere, já que dispõe da máquina pública, da mídia e da visibilidade diária nestes quase três anos de governo. Por outro lado, Arruda passou quase duas décadas sendo alvo de ataques da mídia e da Justiça, mas bastou aparecer recentemente para ser lembrado como “o tocador de obras”. Esse é o ativo que o PL pode colocar na mesa em contraponto ao grupo de Ibaneis Rocha.

Vice com padrinhos influentes

A aliança com o PL, que o governador desejava, não traria custo-benefício. Isso porque Michelle Bolsonaro é a puxadora de votos e ajudaria a eleger Ibaneis, mas só nesse ponto. Onde estaria a vantagem para o PL? Para azedar ainda mais a aliança, corre a versão de que Gustavo Rocha é uma costura do ex-presidente Michel Temer (MDB) com o ministro Alexandre de Moraes. Gustavo é amigo de Moraes, que teria acertado com Temer não incluí-lo nos atos de 8 de janeiro de 2023 se fosse indicado como vice de Celina.

“Colado” em Michelle

Se a eleição fosse hoje, Michelle Bolsonaro e Ibaneis Rocha seriam os senadores eleitos. Ainda assim, há um ano de disputa pela frente. A pesquisa Real Time Big Data, divulgada em 11 de setembro, apontou Michelle Bolsonaro (PL) com 34% e Ibaneis Rocha (MDB) com 31%. No entanto, de acordo com monitoramento do PT, Ibaneis estaria com menos votos e Erika Kokay já estaria tecnicamente empatada com Leila Barros.

Fuzuê petista

Ao dar publicidade ao apoio de Washington Quaquá, vice-presidente nacional do PT, à sua pré-candidatura, Ricardo Cappelli (PSB) provocou a ira de petistas do Distrito Federal. O episódio, com duras críticas de lideranças locais — entre elas o deputado distrital Chico Vigilante —, repercutiu na cúpula nacional da legenda. Chico afirmou que a fala de Quaquá foi uma agressão às lideranças do PT, como Geraldo Magela e Leandro Grass.

Encontros com Otoni

O deputado estadual Antônio Gomide (PT-GO) dá continuidade, neste sábado (20), em Valparaíso, a mais um “Encontro Regional do deputado Antônio Gomide”. Além de lideranças locais, representantes de Cidade Ocidental, Novo Gama, Luziânia, Águas Lindas, Santo Antônio do Descoberto e Cristalina confirmaram presença.

Um olho na vice… outro na disputa de deputado federal

Essa é a estratégia do ex-prefeito de Rio Verde, Paulo do Vale (União Brasil). Embora a eleição para deputado federal no partido seja mais difícil, o médico descarta mudança de legenda. “Vou continuar no União Brasil e ajudar o nosso candidato, Daniel Vilela. Quanto a ser vice ou deputado federal, o que importa para mim é poder contribuir com meu estado, principalmente Rio Verde. Sou um homem de grupo e estou à disposição do governador Ronaldo Caiado”, tem repetido em entrevistas.

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