Diante do futuro incerto de seu principal líder, Jair Bolsonaro, o PL em Goiás ainda não tem um projeto claro de poder. Enquanto Daniel Vilela (MDB) e Marconi Perillo (PSDB) estão na estrada, até agora, poucas vezes o senador e presidente do PL goiano, Wilder Morais declarou publicamente que vai disputar o governo em 2026. Esse silêncio, gera muitas especulações sobre uma possível aliança com a base do governador Ronaldo Caiado (União Progressista).

Mesmo que seu entorno repita constantemente que ele será adversário do vice-governador Daniel Vilela (MDB), o fato de manter o silêncio como estratégia eleitoral, amplia a convicção que não vai concorrer ao cargo de governador. No entanto, lideranças que têm conversado com o senador, dizem que ele vai se manifestar a partir do segundo semestre. Pode ser uma boa estratégia, mas corre risco de perder tração por não mostrar aos apoiadores e aliados, que é um candidato consistente.

Sem contar que o silêncio de Wilder, além de gerar muita especulação, alimenta as narrativas dos adversários que “o PL pode se juntar ao MDB em um acordão político”. Essa ‘guerra’ de especulações, atinge em cheio lideranças do PL, principalmente os deputados estaduais, Delegado Eduardo Prado, Paulo Cezar Martins e o Major Araújo. Os três fazem oposição sistemática ao governo de Ronaldo Caiado e Daniel Vilela.

De acordo com Eduardo Prado, eles têm sofrido represálias do governo por conta desse posicionamento da oposição. “Estamos preocupados com o silêncio de nosso líder, Wilder Morais que não comunica nada sobre o que realmente tem conversado com a cúpula do PL sobre essas especulações. Ficamos sabendo pela imprensa, que ele conversou com o governador e retirou a contestação da ação do PL e nem deu um alô para a gente”, reclama.

“Estamos por nossa conta”

Eduardo Prado disse que tem viajado muito pelo interior e que a frase mais ouvida é: “O senador será mesmo candidato a governador?”. A resposta afirmativa não tem convencido as pessoas.  “Por conta dessa falta de clareza, meus colegas de oposição ao governo Caiado, Paulo Cezar, Major Araújo e eu, temos sido sondados por outros partidos para deixar o PL. Estamos por nossa conta, pois temos dificuldade até para marcar agenda com prefeitos e lideranças com Wilder”, lamenta.

Manda quem…

…pode e obedece quem tem juízo ou, Jair Bolsonaro vai realmente costurar um acordo com o MDB goiano para emplacar um candidato ao Senado? Esta pergunta na cotação política de hoje, vale $1 dólar, mas se for concretizada, passa a valer $1 milhão de dólares. Isto porque qualquer candidato de oposição, mesmo com milagre, seria difícil vencer a base governista.

Direita e centro

Aos poucos, o cidadão-eleitor distingue os campos ideológicos que os pré-candidatos a presidente da República se encontram. Do lado mais direita bolsonarista, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL-DF), a senadora Tereza Cristina (PP-MS), Tarcísio de Freitas (REP-SP) e Romeu Zema (Novo-MG). No centro, os governadores Ronaldo Caiado (UP-GO), Ratinho Júnior (PSD-PR) e Eduardo Leite (RG-PSDB).

Tem vaga

Mal foi assimilada a federação União Brasil+Progressistas que passa a ser denominada União Progressista (UP), muitos deputados de outras legendas buscam saber mais sobre essa nova força política para embarcar em 2026. Do mesmo modo, mas numa proporção menor, deputados conversam com a presidente do Podemos, Renata Abreu, e do PSDB, Marconi Perillo sobre o futuro do novo partido.

Gazeteiros

A Mesa Diretora da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) estuda mudanças no Regimento para frear a ausência dos deputados no plenário. As Excelências marcam presença por meio da senha em seus gabinetes e, em seguida, desaparecem. Coube ao veterano deputado Chico Vigilante (PT), dar uma reprimenda nos colegas. Chico tem propriedade. Além de decano, é um assíduo deputado que honra seus eleitores.