PL quer eleger senador, União prefere deputados federais
O pioneirismo das ex-primeiras-damas Lídia Quinan (1994/98) e Íris de Araújo (2006/10) pode ocorrer novamente em 2026 com uma mulher tendo a maior votação de Goiás para a Câmara dos Deputados. No caso, a disputa será entre duas do União Brasil, a secretária de Educação, Fátima Gavioli, e a vencedora no pleito passado, a jornalista Silvye Alves. Também do UB, outro possível campeoníssimo pode ser Pedro Sales, da Goinfra. O caso mostra a diferença de metas entre partidos, enquanto o PL deseja incrementar a bancada no Senado, o UB pretende lotar a concha vizinha.
Os Fundões Eleitoral e Partidário reúnem a dinheirama das siglas, arrancada do bolso do contribuinte, não de seus filiados. O bolo é dividido de acordo com a quantidade de deputados federais eleitos em cada agremiação, ainda que os adesistas mudem de camisa. Em 2022, o PL elegeu 99 e sua fatia será de quase R$ 1 bilhão em 2026. No ano passado, os principais partidos ficaram assim: PL do senador Wilder Morais e Gustavo Gayer R$ 886,8 milhões, PT de Delúbio Soares e Adriana Accorsi R$ 619,8 milhões, UB de Ronaldo e Gracinha Caiado R$ 536,5 milhões, PSD de Vilmar Rocha e Ismael Alexandrino R$ 420,9 milhões, MDB de Daniel Vilela e José Mário Schreiner R$ 404,3 milhões, PSDB de Marconi Perillo e Lêda Borges R$ 147,9 milhões.
Esse é o caixa 1, dinheiro preciosíssimo, vale dez vezes mais que o caixa 2. Nos gastos oficiais, cada pretendente a deputado federal pôde torrar R$ 3,15 milhões em 2022. Parece muito, mas é uma ninharia – à exceção de uns três ou quatro, ninguém chega a Brasília com menos de R$ 10 milhões (no caixa 2).