Polarização nacional desvia atenção do povo em Daniel, Wilder e Marconi
Embora as pesquisas para governador em Goiás sejam escassas e ainda faltem 13 meses para o pleito eleitoral de 2026, alguns fragmentos são ‘vazados’ pelas assessorias dos possíveis pré-candidatos à vaga de Ronaldo Caiado (UP) em outubro do ano que vem. A maioria dessas pesquisas são para avaliar estratégias, medir o humor da população sobre a gestão do governador e o tamanho de cada adversário. Por enquanto, apontam o vice-governador Daniel Vilela (MDB) com uma ligeira vantagem, mas seus adversários acreditam que ele terá dificuldades para se firmar nessa dianteira.
Os argumentos vão desde a falta de empatia com o eleitorado até erros de estratégia política. Citam como exemplo o fato de se apoiar apenas na boa avaliação da gestão Caiado, que beira 80% em média, e a ausência de um currículo mais sólido além de ser “filho de Maguito Vilela”. Um dos assessores de Marconi Perillo, que pediu anonimato, disse à coluna que “por ser jovem, bem apessoado e ter o apoio de Caiado, o vice chega ao segundo turno, mas, dependendo do cenário nacional, Marconi ou Wilder Morais podem derrotar Daniel”.
Os estrategistas de Wilder Morais acreditam que o senador não será um crítico duro como Marconi, mas fará contrapontos em relação à infraestrutura e à cadeia produtiva, notadamente o agronegócio. “A direita goiana observa duas coisas: a identidade do senador com o agronegócio e sua experiência vitoriosa como empresário. Nesse quesito, Wilder tem grande vantagem sobre Daniel Vilela”, diz um dos ideólogos da candidatura de Wilder Morais.
Sem entrar no mérito ideológico, a polarização entre a esquerda liderada por Lula e a direita com Jair Bolsonaro monopoliza o debate político a nível nacional e ofusca as candidaturas majoritárias nos estados. Goiás é exemplo dessa ausência de povo nas discussões sobre os possíveis candidatos em 2026. As conversas giram somente em torno de Lula, Bolsonaro, STF e agora Donald Trump.
“Volta Marconi!” e os 30 anos
No próximo dia 27, apoiadores do ex-governador Marconi Perillo (PSDB) vão se reunir na Alego para pedir em coro “Volta Marconi” e cantar parabéns pelos seus 30 anos filiado ao PSDB. Novos e velhos tucanos dos 246 municípios confirmaram presença. No encontro, Marconi fez um balanço de seu trabalho à frente do partido e anunciou que vai deixar o comando em outubro.
Malafaia na mira
O ministro do STF, Alexandre de Moraes, agora mexeu em um vespeiro ao apontar o pastor e líder religioso Silas Malafaia como conspirador e mentor de Jair Bolsonaro. Além de busca e apreensão em sua casa, Malafaia terá 15 dias para fazer sua defesa. A dúvida que circula nos bastidores é se ele não será preso e condenado a 40 anos, pena que Moraes defende para os “golpistas”.
Rueda apoia Gaguim
Durante a convenção extraordinária que formou nesta terça-feira (19) a Federação União Progressista (União Brasil + PP), o deputado federal Carlos Gaguim (UB-TO) recebeu o apoio do presidente nacional da legenda, Antônio Rueda, para disputar o Senado. “Estou ao lado da minha senadora, Dorinha Rezende, e do meu deputado Gaguim. Ele pré-candidato a senador e Dorinha ao Governo do Tocantins, ambos têm meu apoio e da União Progressista”, afirmou Rueda.
Grato à confiança
“Sou muito grato pela confiança e não vamos decepcionar, ainda mais por termos Mila Rueda como a nossa primeira suplente”, agradeceu Gaguim a Rueda. A senadora Dorinha vai disputar o governo do Tocantins pelo União Progressista.
Sebastião Coelho…
…pode ser o segundo nome ao lado de Michelle Bolsonaro na disputa ao Senado. Coelho é filiado ao partido Novo, mas de alma bolsonarista e tem a simpatia e as bênçãos de Jair Bolsonaro. Quanto à deputada federal Bia Kicis, o caminho mais provável será disputar a reeleição. No entanto, se ela se destacar na CPMI do INSS, a história pode ter outro final. A conferir.