Políticos goianos dormem e duplicação de BRs é adiada
O HOJE alertou, mas nem assim a classe política goiana se uniu na defesa das rodovias federais que cortam o Estado. O governo do presidente Lula anunciou a duplicação da BR entre Jataí e Santa Rita do Araguaia, em Goiás, chegando a Rondonópolis, no Mato Grosso. Nesta semana, quando se leu o edital de concessão das BRs 060 e 364, veio o banho de água fumegante: o início das obras será daqui a três anos.
Essa novela toda a população tem visto nas últimas décadas, pois foi quanto durou duplicar de Aparecida a Itumbiara e de Anápolis a Brasília. Até hoje não foi concluída a duplicação entre Cristalina e Brasília. A BR 153, entre Anápolis e a divisa com o Tocantins, chegou a ser licitada, a empreiteira vencedora faliu com a Operação Lava Jato e a coisa esfriou a tal ponto que é mais fácil cair neve que construir uma pista a mais de cada lado.
Por falar em pista extra, ninguém mais se lembra da prometida 3ª faixa entre Goiânia e Anápolis, nos dois sentidos. Também caíram no esquecimento as duplicações de Luziânia a Caldas Novas e de Itumbiara a Rio Verde. O motivo de essas obras não saírem é a lerdeza da bancada em Brasília. São 17 deputados e três senadores que deveriam parar de trazer migalhas e se concentrar na infraestrutura, definidora do progresso nos municípios.
Se direcionassem suas emendas para as duplicações, elas já estariam prontas. Como agem contra o Estado, o que se vê é o aumento dos custos, poluição e mortes nas estradas. Em 2026, esses dorminhocos vão andar por elas durante a campanha e o eleitor deve recebê-los com a seguinte frase: “Só voltem aqui para pedir votos quando a BR estiver duplicada”.