População manipulada assiste queda de braços entre Poderes
Crise entre os Poderes com um Congresso fraco, ajoelhado e refém de suas mazelas é terreno fértil para afundar de vez o já frágil equilíbrio democrático. Tanto que o Supremo Tribunal Federal (STF) passou a ser o senhor absoluto sobre tudo e tudo. Não são mais os ritos da Constituição que regem as normas civilizatórias, mas o poder que cada ministro da Corte exerce sobre os demais poderes. No rastro dessa desorganização institucional, o Executivo metendo a mão no bolso dos brasileiros com impostos a perder de vista e quase zero de contrapartida de serviços públicos.
O resultado não poderia ser outro: o abismo que separa brasileiros ditos ‘progressistas’, que são de esquerda, e ‘fascistas’, que pensam o contrário, ampliam a divisão. Essa é a democracia celebrada pelos donos do poder, mas que a população não entende e muito menos vê no horizonte. Sobram baciadas de políticos e nenhuma de estadistas. Isto porque a elite do andar de cima dos privilégios não se preocupa com o futuro e sim com suas prioridades.
Os interesses dos cidadãos, que deveriam ser prioridade, são meros detalhes para discursos na próxima eleição. Nesse labirinto de incertezas políticas, com o bolsonarismo de um lado, o lulopetismo de outro, a direita batendo cabeças, o Centrão com um pé na canoa e outro no barranco, não tem como sonhar com um futuro promissor.
Boca no Trombone
O senador Vanderlan Cardoso (PSD) fez críticas ácidas ao ex-prefeito Gustavo Mendanha (PSD) e ao deputado Ismael Alexandrino (PSD) após cobranças sobre a montagem da chapa: “Que mostre trabalho”. A declaração, porém, revela mais sobre a trajetória de Vanderlan do que sobre os alvos das críticas. Em sua candidatura à prefeitura, ele não conseguiu formar uma chapa capaz de eleger sequer um vereador em Goiânia. Em Senador Canedo, onde sua esposa concorreu, a mesma coisa. É o sujo falando do mal lavado.
PL sob pressão
A formação de chapas competitivas é prioridade para os partidos. Quanto mais deputados federais eleitos, maior o fundo partidário e o tempo de televisão. E isso tem tirado o sono do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Ele busca manter o partido como a maior bancada da Câmara, mas perdeu nomes importantes em São Paulo: Eduardo Bolsonaro corre risco de inelegibilidade, Carla Zambelli está presa na Itália e Ricardo Salles migrou para o Novo. A combinação desses fatores pressiona a liderança do PL a repensar sua estratégia eleitoral no maior colégio eleitoral do País.
Meta de 2026
Em Goiás, o PL quer repetir o desempenho de 2022, elegendo quatro deputados federais. O partido, no entanto, perde seu principal puxador de votos caso Gustavo Gayer concorra ao Senado. A expectativa é que Fred Rodrigues assuma esse papel após conquistar mais de 280 mil votos na disputa pela Prefeitura de Goiânia. Além disso, o PL pode contar com o retorno da deputada Magda Mofatto, hoje no PRD, e fortalecer sua bancada com os deputados Ismael Alexandrino (PSD) e Marussa Boldrin (MDB).
Proteção aos aposentados
A Câmara de Goiânia inicia nesta terça-feira (16) a primeira discussão da proteção contra descontos não autorizados em benefícios previdenciários de aposentados e pensionistas. O projeto é do vereador Lucas Kitão (União Brasil) ao Regime Próprio de Previdência Social dos Servidores Públicos do Município de Goiânia com a garantia de que quaisquer descontos que sejam realizados em seus benefícios sejam autorizados, informados e revertidos, em caso de irregularidades.
Sem trégua – O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) entrou na mira do ministro do STF, Alexandre de Moraes, que encaminhou ao Ministério da Justiça o pedido de extradição aos EUA. Este será o teste se Donald Trump vai conceder asilo a Ramagem ou mandá-lo de volta ao Brasil.