Ainda existe apreensão na base do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), e sua vice, Celina Leão (PP), sobre a movimentação da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) para se viabilizar como vice na chapa da direita ou até mesmo para presidente. Se ocorrer esse deslocamento, Ibaneis perde uma puxadora de votos para o Senado e Celina uma aliada importante na disputa para o governo. As pesquisas mostram que Michelle ajudaria muito o segundo voto, no caso Ibaneis, que está ‘colado’ em Michelle, em segundo lugar. Sem a ex-primeira-dama na disputa, o governador teria em seus calcanhares a senadora Leila Barros (PDT), que é seguida pela petista Erika Kokay.

Agora, com a escolha de Flávio Bolsonaro para ser o porta-voz da família e pré-candidato a presidente da República, Michelle volta ao projeto original: disputar uma vaga para senadora. Mas a aliança PL, MDB e PP no DF ainda não está sacramentada e sim ‘apalavrada’, segundo a coluna apurou. Tudo vai depender dos acordos entre o Centrão comandado pelo União Progressista e se realmente Flávio Bolsonaro será candidato. Em entrevistas, Flávio tem dado pista de que pode negociar a desistência. “Há uma possibilidade de eu não ir até o fim. Eu tenho um preço para isso. Vou negociar.”

Pessoas próximas à base de Ibaneis acreditam que o PL deve manter o apoio à candidatura de Celina, mesmo que o PSD de Gilberto Kassab apoie a candidatura de José Roberto Arruda. A filiação dele ao PSD no dia 15 próximo significa que não haverá recuo e, caso Arruda não seja barrado mais uma vez pela Justiça, pode provocar uma debandada de lideranças do PL para o PSD. Nomes como os do senador Izalci Lucas e Alberto Fraga, ambos do PL, podem abandonar o partido.

O que diz o serpentário de Brasília

Não à toa que os colunistas sociais dos anos 1970 até os 2010 usavam o jargão “nos bastidores da Corte”, numa referência ao que acontecia no andar de cima dos poderosos de plantão. Embora o colunismo mundano tenha desaparecido, o que não faltam são notícias que a mídia não publica. Por exemplo: circula a versão que o senador Flávio Bolsonaro foi ungido porta-voz da família devido ao “trauma causado pelas declarações de Michelle”. De acordo fontes, Bolsonaro acabou de vez com o projeto de Michelle ser candidata a vice, ideia que ele sempre rechaçou. O que o líder bolsonarista quer é conquistar uma grande bancada de senadores.

Magela e a Segurança

O pré-candidato a governador pelo PT do Distrito Federal, Geraldo Magela, postou vídeo da reunião do Diretório Nacional, neste sábado (6), comemorando a inclusão do Ministério da Segurança como uma das prioridades do presidente Lula. Magela é um dos defensores da ideia bem antes de virar pauta nacional do partido. “Nossa prioridade é a reeleição do presidente Lula, fortalecer nossa bancada no Congresso e eleger governadores e deputados estaduais”, pontua Magela.

Daniel busca apoios

Pé na estrada em busca de aliados e ideias para ampliar os ganhos da gestão de Ronaldo Caiado (União Brasil). Este é o conceito que o vice e pré-candidato a governador, Daniel Vilela (MDB), adotou como uma das estratégias para fazer frente aos adversários. Neste sábado (6), ele cumpriu mais uma agenda no 2º Encontro das Lideranças, organizado pelo deputado estadual Talles Barreto (UB), em Rianápolis. O evento reuniu prefeitos, vereadores, representantes do setor produtivo e gestores municipais do Vale do São Patrício, Norte e Nordeste goiano.

Cuidado, Zeli!

A deputada Zeli Fritsche (União Brasil), que tem como base eleitoral Valparaíso, precisa tomar cuidado com os “luas pretas” que tentam desestabilizar o grupo que a elegeu deputada. “A doutora Zeli precisa se vacinar contra pessoas que insistem em dizer que o ex-prefeito Pábio Mossoró será candidato a deputado estadual. Ele está a caminho do Podemos e só depende de ajustes na conversa para sair do MDB”, avalia um ex-vereador de Valparaíso. Em tempo: ‘luas pretas’ era o termo com o qual Carlos Lacerda (1914-1977) se referia aos seus adversários.

Rota 22 em Jataí – Nesta quinta (11), o senador Wilder Morais participou de mais uma reunião do projeto Rota 22. Depois de Caçu, Rio Verde e Palmeiras, é a vez de Jataí. Em vídeo, o prefeito Geneilton Assis diz que será “um mega evento com a participação de lideranças políticas e a população”.