Preços perdem força no final de fevereiro e inflação sobe menos
O ritmo dos preços acompanhados regularmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo da inflação “oficial” no País, perdeu força na segunda metade de fevereiro, determinando um avanço menos vigoroso do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no fechamento do mês. As hordas da oposição virulenta, certos comentaristas manjados […]
O ritmo dos preços acompanhados regularmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo da inflação “oficial” no País, perdeu força na segunda metade de fevereiro, determinando um avanço menos vigoroso do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no fechamento do mês. As hordas da oposição virulenta, certos comentaristas manjados e analistas mais conservadores, diga-se assim, tentam pintar um cenário tenebroso para o custo de vida neste começo de ano, desconsiderando ou, melhor dizendo, escondendo mesmo o que há por trás dos índices inflacionários e a tendência concreta dos preços cobrados em geral dos consumidores.
Desta vez, o Banco Central (BC) não se deixou levar pela conversa mole daqueles setores e, a bem da verdade, nem mesmo o mercado corroborou o catastrofismo inflacionário, que correu as redes sociais e certo “noticiarismo” econômico. Sigamos aos dados, então. A taxa de inflação havia avançado de 0,42% nas quatro semanas de janeiro para 0,78% entre 16 de janeiro e 15 de fevereiro, variando 0,36 pontos percentuais. A elevação respondeu a uma nítida aceleração dos preços motivada basicamente por dois fatores: a alta sazonal dos custos da educação, impulsionados pelo aumento das matrículas e dos preços do material escolar; e pelo encarecimento dos combustíveis motivado diretamente pelo fim da isenção de contribuições federais (PIS/Cofins e Cide), em vigor desde junho do ano passado e revertida em janeiro, e ainda pelo aumento do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrado sobre combustíveis – neste caso, a partir de fevereiro.
Menor pressão
Refletindo a entressafra de grãos e os níveis mais reduzidos de precipitação, que tendem a produzir uma safra menor neste ano e ajudaram a pressionar os preços de hortaliças e frutas, os custos médios da alimentação igualmente haviam entrado em elevação nas primeiras semanas do ano, saindo de 0,56% em dezembro para 1,53% nas quatro semanas encerradas em 15 de janeiro. Mas as pressões inflacionárias começaram a ceder. No caso do grupo alimentação e bebidas, a variação em fevereiro chegou a 0,95%, saindo de 0,97% nas quatro semanas finalizadas no dia 15 do mês passado. Nos 30 dias entre 30 de janeiro e 29 de fevereiro, o IPCA atingiu 0,83%, correspondendo a uma elevação de 0,05 pontos (lembrando que, na quadrissemana anterior a taxa havia subido 0,36 pontos).
Balanço