Prefeitos voltam a Brasília dia 3/10 em busca de solução para a crise

Estudo feito recentemente pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) aponta que mais da metade dos 5.570 municípios brasileiros de todos tamanhos em habitantes estão com 91% de suas receitas comprometidas com pagamento de pessoal e custeio da máquina. De agosto até agora, a situação só piorou com a queda do FPM e atraso nos repasses de emendas parlamentares. Com a proximidade do fim de ano, a situação tende a piorar com folha do 13º e férias. “Prefeituras pequenas e médias não têm como buscar receita em IPTU, ISS ou ITBI, isto não dá 5% do é preciso para atender as demandas da população”, lembra o prefeito de Iporá, Naçoitan Leite. O prefeito lembra que, em sua região (Oeste Goiano), “se o Governo Federal não socorrer a gente, muitos municípios vão atrasar folha salarial e precarizar serviços públicos essenciais, principalmente saúde e limpeza urbana”. A Xadrez também conversou com o presidente da Associação Goiana dos Municípios (AGM) e prefeito de Goianira, Carlos Alberto Andrade Oliveira, conhecido como Carlão da Fox, sobre a mobilização dos prefeitos brasileiros no dia 3 e 4 de outubro em Brasília. “A situação está à beira do precipício financeiro e a única forma é bater à porta do Governo Federal, afinal, os cortes de recursos do FPM são de responsabilidade federal. Além disso, o presidente Lula garantiu que nenhum prefeito iria receber menos neste ano do que recebeu no ano de 2022. Até agora, não vimos nenhum movimento político ou ação do Governo Federal nesse sentido”, pontua Carlão.

Mais serviços e menos recursos

De acordo com levantamento do jornal O Estado de S. Paulo, o Observatório de Informações Municipais (OIM) “mostra que, de 1972 a 2022, os dispêndios orçamentários das prefeituras com saúde saltaram de 5,67% para 25,49%”. “No caso da educação, passaram de 14,82% para 26,76%.” Quanto aos cortes, recaíram nos “serviços urbanos, com queda de 27,41% para 9,89%”.

Exemplos do MDB

O vice-governador e líder do MDB em Goiás, Daniel Vilela, ressaltou a importância do legado político de Iris Rezende e Maguito Vilela como referência de gestores públicos. “Eles são inspiração para os 36 prefeitos emedebistas.” Daniel falou em um seminário da legenda para lideranças do MDB de várias cidades goianas.

Gugu Equatorial

O deputado estadual por Itumbiara, Gugu Nader (Agir), passa a sacolinha entre os colegas em busca de assinaturas para instalar uma CPI sobre as constantes quedas de energia da Equatorial. “É uma investigação para identificar as causas que tanto prejuízo tem causado aos goianos.”

Deu ruim, Jean

As coisas não andam bem para o lado do pré-candidato a prefeito de Cristalina pelo MDB, Jean Eustáquio. Apadrinhado pelo prefeito Daniel do Sindicato (UB), o vereador estava licenciado e exercia o cargo de secretário de Governo do município. Até aí, nada demais. Mas o MP rastreou as postagens dele nas redes sociais da prefeitura e entendeu que eram promoção pessoal. Pediu sua exoneração na hora.

Aragoiânia no breu

Em Aragoiânia, Região Metropolitana de Goiânia, não pode ter uma piscada de relâmpago que a energia acaba e telefones também ficam mudos. Soma-se ao martírio da população a demora da Equatorial para restabelecer o serviço.

Rigor do MP

Advogados especialistas em direito eleitoral dizem acreditar que, nesta eleição para prefeitos e vereadores, o Ministério Público será mais atento a qualquer desvio. A volta de Jean ao Legislativo limita um pouco seus movimentos e também os do prefeito e padrinho politico, Daniel do Sindicato. (Especial para O Hoje)