Prefeitura de Goiânia é estreia de Mabel como gestor, daí o fiasco
Pesquisas apontavam em 2024 que o eleitor de Goiânia queria um gestor na prefeitura. Por isso, Ronaldo Caiado tirou Sandro Mabel da ociosidade política e o candidatou ao cargo. O governador e os goianienses, ao contrário do Chapolin Colorado, não suspeitavam desde o princípio era que Mabel nunca passou de um herdeiro de Nestore Scodro — este, sim, um herói.
Nestore nasceu na Itália, onde deixou a carreira de excelente violinista para se dedicar ao combate ao nazifascismo. Lutou na linha de frente contra Benito Mussolini e Adolf Hitler. Após a 2ª Guerra, migrou para o Brasil e, junto com o irmão Udélio, começou a fazer biscoitos no interior de São Paulo. Na família, um integrante é considerado o herdeiro de Nestore como administrador e, adivinhe, o nome dele é Sandro, porém não é esse da prefeitura: trata-se de Sandro Marques, o Sandrinho, neto de Nestore, filho de você sabe quem, mas ele não tem culpa alguma disso.
As questões humanitárias que deram visibilidade à indústria de bolachas tampouco têm a ver com Sandrão (nada a ver com o seriado “Tremembé”, da Amazon Prime), era trabalho de sua mãe, Maria Luiza. Foi Sandrinho o CEO que reconstruiu a GSA depois de o clã vender a Mabel para a Pepsi. A Capital estaria em melhores mãos se, em vez de Sandrão, o prefeito fosse Sandrinho.
Mas não é por ser inexperiente que Sandrão é incompetente: Goiânia foi a 1ª vez também de Venerando de Freitas e Darci Accorsi, ambos com excelentes resultados. Iris Rezende já havia gerido a Câmara e a Assembleia. Nion Albernaz era empreendedor na área de Educação. Mabel entra em outro rol, o dos estreantes ruins, junto com Daniel Antônio (ai!), Pedro Wilson (argh!), Paulo Garcia (in memoriam) e Rogério Credo em Cruz.