Previsão de raios e trovões entre Cruz e vereadores

Desde que assumiu a gestão da Prefeitura de Goiânia com a morte de Maguito Vilela (MDB), em 15 de janeiro de 2021, Rogério Cruz (Republicanos) vem se esgueirando das investidas por mais cargos pedidos pelos vereadores. Logo no início de seu mandato, quando o MDB ainda estava ao seu lado, alertava o prefeito que, por mais que cedesse às Suas Excelências, sempre haveria reclamações. Mas o MDB não aguentou a pressão e o Republicanos tomou conta de Rogério, também foi breve. Os ‘estrangeiros de Brasília’ que vieram para reforçar a gestão, jogaram a toalha no centro do ringue em emparedar a Câmara. Agora, Rogério tenta segurar o leme do barco herdado do MDB, mas o serpentário político insiste em tutelar a gestão. Para mostrar quem manda é o prefeito, ele está decidido a fazer o que fez com a ‘República de Brasília’: despachar quem não estiver afinado com suas ideias. Fez isto com os cargos comissionados e direção apadrinhados por Lucíula do Recanto (PSD) e Aava Santiago (PSDB). O recado é claro: quem controla a gestão é ele e vereador ou indicado, se não estiver afinado com o prefeito será tratado como adversário. Rogério quer e precisa imprimir uma marca política para sair da sombra de Maguito, portanto, haverá ranger de dentes e a previsão de muita trovoada e relâmpagos entre o Paço e a Câmara de Vereadores.

Sem loteamento

Em público, Rogério Cruz ameniza a insatisfação dos vereadores, mas aos próximos, não esconde que ‘masca marimbondo’ com os ‘aliados de ocasião’. Assim, cada caso e cargo será negociado individualmente. “O prefeito cansou de ser surpreendido por declarações de aliados, principalmente pela sua base na Câmara que sempre teve toda a atenção do Paço”, disse uma fonte que acompanha de perto o humor do prefeito.

Donos dos cargos

Circula nos bastidores da Câmara, informação que existe vereador com quase 300 comissionados na prefeitura e, por conta disso, Rogério quer diminuir para um número razoável. Segundo o ‘rádio corredor’, este é um dos motivos que os vereadores estão tocando tambores de guerra contra a prefeitura.

A esfinge Romário

Reeleito com antecedência de dois anos, o presidente da Mesa Diretora da Câmara de Vereadores de Goiânia, Romário Policarpo (Patriota) segue tranquilo até janeiro de 2025 dando o tom no legislativo. Seu estilo enigmático, lembra a esfinge de Tebas da mitologia grega: ninguém, até agora, conseguiu decifrar suas feições, portanto, os adversários são devorados. Ele e o prefeito Rogério fixos olho no olho: quem piscar primeiro, perde.

Votou, tá vivo!

Quem votou não precisa fazer prova de vida conforme portaria do INSS à disposição de aposentados, pensionistas e outros beneficiários do sistema. O procedimento será automático, por meio do cruzamento de informações de bases de dados públicas, federais, estaduais e municipais.

Cristalina longe demais

Dentre os municípios do chamado Entorno Sul na região metropolitana de Brasília, Cristalina é um dos mais ricos e referência em tecnologia aplicada na agricultura, mas isolada politicamente. O estilo discreto e fechado do prefeito Daniel do Sindicato (UB), mantém a cidade longe dos holofotes da mídia. É como se não constasse no mapa político de Goiás e ficasse muito além de Goiás.

Reintegração de posse

A justiça determinou a reintegração de posse da fazenda invadida em Maurilândia, município entre Santa Helena e Bom Jardim no Sudoeste goiano. Assim que foi anunciada a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no primeiro turno, a fazenda produtiva foi invadida.