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sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

PSD de Goiás está conectado ao destino de Kassab e Tarcísio

Wilson Silvestrepor Wilson Silvestre em 12 de dezembro de 2025
PSD
Ilustração: Takeshi Gondo

As decisões políticas dos caciques partidários influenciam cada vez mais nas alianças e acordos regionais. Se o partido for graúdo, como o PSD comandado por Gilberto Kassab, essa influência se torna quase obrigatória. Esse é o caso do PSD de Goiás, liderado pelo senador Vanderlan Cardoso, que, por enquanto, está ‘encostado’ na base do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) e de seu vice, Daniel Vilela (MDB), pré-candidato a governador em 2026. Embora enfraquecido politicamente devido a contar apenas com 3 prefeitos no Estado, a legenda conta com generoso tempo de TV e rádio no horário eleitoral. Essa subnutrição de votos e lideranças deixa o partido fragilizado quanto à nominata de deputados federais.

Diante desse quadro escasso de eleitores em Goiás, o mandachuva nacional da legenda, Gilberto Kassab, quer ampliar suas articulações regionais com vistas à eleição geral de 2026. Para isso, vai antecipar sua saída da Secretaria de Governo e Relações Institucionais do Governo de São Paulo. Ele quer intensificar as tratativas políticas com dois objetivos: ser o vice do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), isto se ele disputar a reeleição. A outra hipótese é disputar o governo paulista se Tarcísio optar em marchar em busca da Presidência da República.

No caso de Goiás, o destino do PSD está conectado aos cenários citados acima. Com Tarcísio candidato a presidente, a tendência é o PSD passar para a influência do senador Wilder Morais (PL), pré-candidato a governador do Estado. Ele é amigo de Tarcísio, que pode articular essa mudança, principalmente se for ungido por Bolsonaro. Todas essas hipóteses estão à mesa de conversas no gabinete de Gilberto Kassab.

Daniel se divide entre a gestão e a política
Lideranças políticas que têm agenda com o vice-governador Daniel Vilela (MDB) observam que o vice está cada vez mais inteirado da gestão do governo e das articulações políticas. Essa é a análise do ex-prefeito de Valparaíso e atual Secretário de Goiás para o Entorno de Brasília, Pábio Mossoró. Para ele, Daniel amadureceu muito politicamente e adquiriu uma visão mais assertiva da gestão. “Estive em seu gabinete nesta quarta-feira (11) e vi a romaria de lideranças do interior em busca de recursos para seus municípios. Ele sabe tudo sobre o Estado, as demandas da população e mostra que está preparado para governar”, diz Pábio.

Gestão moderna
Pábio acompanhou Daniel Vilela na apresentação do projeto de revitalização do complexo que compõe o Estádio Serra Dourada. “Fiquei impressionado com o projeto e percebo que o governador Ronaldo Caiado e Daniel Vilela, principalmente ele que encampou as tratativas da Parceria Público-Privada (PPP), acertaram em privatizar o estádio. O projeto mostra que Goiânia será o centro de eventos em várias áreas”, pontua Pábio.

Mendanha no PODE?
A informação não é nova, mas diante das circunstâncias em que se encontram o PSD de Goiás, a permanência do ex-prefeito de Aparecida, Gustavo Mendanha, e sua mulher, Mayara Mendanha, na legenda estão com os dias contados. Uma das alternativas viáveis para o casal aponta para o Podemos, comandado no Estado pelo deputado federal Glaustin da Fokus. Além de contar com 15 prefeitos e um capital político de lideranças no interior, o Podemos tem lastro no cenário nacional e no Congresso.

Glaustin convidou
A coluna apurou que o deputado federal Glaustin da Fokus fez o convite ao casal Mendanha-Mayara antes de eles se filiarem ao PSD, mas as “portas ainda estão abertas”, segundo uma fonte ligada a Glaustin. O fato é que Mendanha pretende disputar a cadeira do Senado e a maioria das legendas com estrutura partidária tem pré-candidatos em pencas. Portanto, fora o Podemos, só nanicos sem nenhuma estrutura política e de recursos.

Quem lembra dela? – A mais carbonária parlamentar no Senado nos anos de 1999 a 2002, então no PT, Heloísa Helena (Rede-RJ) está de volta ao Congresso Nacional. Ela assume a vaga do deputado Glauber Braga (PSol-RJ), suspenso por seis meses pelo plenário da Câmara dos Deputados.

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