PSDB entra na sucessão de Ibaneis com Paula Belmonte
Na passagem lenta da areia pela ampulheta política, escorre o tempo que marca os 10 meses que faltam para a eleição geral de 2026. Nem encerrou o ano, os partidos correm em busca de nomes para compor chapas nos Legislativos estaduais e no Congresso. Entre eles, o PSDB que, como uma Fênix, ensaia voltar a ter protagonismo nacional e tentar subir no ranking das legendas nacionais. Isto porque, se não conquistar um número maior de deputados federais — hoje tem 13 —, corre risco de perder o fundo partidário e ser rebaixado para a terceira divisão, ou seja, quase um ‘nanico político’.
Mas agora, sob a direção do deputado federal Aécio Neves (MG), que assumiu no lugar de Marconi Perillo, que vai dedicar mais tempo à pré-campanha a governador de Goiás, o PSDB anuncia que vai ter candidato a governador em vários Estados, incluindo o Distrito Federal. Para a empreitada, entra na corrida para a vaga do governador Ibaneis Rocha (MDB) a deputada distrital Paula Belmonte. Seu nome foi oficialmente anunciado nesta quarta-feira (3), mas o ato de filiação ocorreu nesta terça-feira (2) na sede do PSDB, em Brasília. Paula é uma das lideranças mais respeitadas na Câmara Legislativa e tem no currículo parlamentar serviços prestados ao DF como deputada federal e agora na Câmara Legislativa.
Ao portal de notícias Metrópoles, Paula Belmonte deu uma estocada no governo Ibaneis: “As famílias querem escola funcionando, saúde que atenda com dignidade, transporte público que não humilhe o trabalhador e um governo que trate cada real do orçamento com respeito. É esse olhar que eu trago para o PSDB e que quero fortalecer para o futuro de Brasília”. Sinal de que o debate será intenso, principalmente a partir do momento em que os debates forem liberados. A deputada não está sozinha. Ela tem como aliado o ex-senador Antônio Reguffe (Solidariedade), uma das vozes mais atentas na defesa do Distrito Federal e Entorno.
Reforço para Marconi no Entorno
A pré-candidatura da deputada distrital Paula Belmonte ao Governo do DF pelo PSDB é uma boa notícia para Marconi Perillo. Paula é influente na região e pode reforçar a pré-campanha de Marconi para governador de Goiás. Isto significa que Wilder Morais (PL), outro pré-candidato a governador dos goianos, e o pré-candidato da base caiadista, Daniel Vilela (MDB), terão que encontrar um bom coordenador político para a região.
Dobradinha Café-Pequi
A fala de Tarcísio de Freitas (Republicanos) na Câmara, elogiando a segurança pública em Goiás, não foi por acaso. Nos bastidores, cresce a leitura de que Caiado (UB) seria um bom nome para o Ministério da Segurança Pública em uma eventual presidência do paulista. Entre 2018 e 2025, Goiás registrou reduções superiores a 90% nos casos de roubo e de 60% nos homicídios.
Cristina, a vice
Cresceu nos últimos dias o nome de Tereza Cristina como possível vice na chapa da direita. Figura de confiança de Ciro Nogueira, a ex-ministra de Bolsonaro reúne três ativos: apoio do agronegócio, transita com desenvoltura no Centrão e pode funcionar como ponte junto ao eleitorado feminino. Em 2022, vale lembrar, o voto das mulheres foi decisivo para a vitória de Lula.
Novo DEM?
O Partido da Mulher Brasileira (PMB) passará a se chamar Democrata 35. A mudança de nome foi aprovada pelo TSE. Agora é aguardar se a nova legenda vai se aproximar da força e do prestígio do antigo Democratas (DEM) de Antônio Carlos Magalhães, Marco Maciel e de Ronaldo Caiado. A conferir.
Encontro de Gestores
O primeiro dia do Encontro Anual de Gestores Públicos, no Centro de Convenções de Goiânia, foi movimentado, mas a circulação de prefeitos ainda era tímida. A coluna acompanhou a abertura oficial com a participação do vice-governador Daniel Vilela (MDB) e percebeu que tinha mais palestrante do que prefeito. A maioria deles enviou assessores e gestores de várias áreas. O evento é realizado pela Federação Goiana dos Municípios (FGM) e pela Associação Goiana dos Municípios (AGM), com apoio do Sebrae Goiás. Nesta quinta-feira, haverá premiações para alguns prefeitos e encerramento.
STF intocável – Se alguém ainda tinha dúvida sobre o poder absoluto do STF, ela foi dissipada. A decisão liminar do ministro Gilmar Mendes que impede o impeachment de ministros da Corte, e que deve ser confirmada pelo Plenário, soterrou o poder do Senado e o sonho dos bolsonaristas.