PSDB luta para voltar a ser o arauto da centro-direita
São Paulo, meca do capitalismo tupiniquim, é também celeiro da efervescência política que move a economia brasileira. Soma-se ao status o berço do PT e do lulopetismo, bem como do PSDB que, em passado recente, salvou o Brasil de uma catástrofe social. Graças ao Plano Real de Fernando Henrique Cardoso que, mesmo cambaleante, colocou o […]
São Paulo, meca do capitalismo tupiniquim, é também celeiro da efervescência política que move a economia brasileira. Soma-se ao status o berço do PT e do lulopetismo, bem como do PSDB que, em passado recente, salvou o Brasil de uma catástrofe social. Graças ao Plano Real de Fernando Henrique Cardoso que, mesmo cambaleante, colocou o País nos trilhos do desenvolvimento com a inflação sob rédea curta. Mas o apogeu do tucanato durou pouco. Desde que o PT subiu a rampa do Planalto em 2002 derrotando o tucano José Serra, amarga desidratação em sua representação política. Agora, sob a direção do ex-governador de Goiás, Marconi Perillo, quer resgatar corações e mentes da centro-direita. A ideia é apresentar um modelo de gestão que faça contraponto ao assistencialismo de Estado. No entanto, o que não faltam são desafios, principalmente em São Paulo, onde o tucanato luta para não desaparecer. Marconi tem dedicado boa parte de sua extensa agenda em conversas para evitar uma diáspora dos paulistas. “O esforço se justifica porque São Paulo é uma caixa de ressonância do PSDB, Estado que representa o êxito do modelo de gestão tucana”, conta um ex-deputado federal com bom trânsito no Congresso. À Xadrez, Marconi disse que a capital paulista terá candidato a prefeito. “Tenho conversado muito com as lideranças paulistas e acredito que logo vamos chegar a um consenso. O PSDB prima pelo diálogo construtivo, seja político ou no modo de governar”, atesta Perillo.
Candidato a prefeito em São Paulo…
Os tucanos paulistas calculam que entre perdas e danos nas hostes tucanas de São Paulo, é melhor disputar a prefeitura da capital do que ser coadjuvante do MDB. A conta é simples: das duas centenas de prefeitos no Estado, só restam 28. Portanto, é melhor correr risco em perder a eleição do que desaparecer como legenda.
… e Goiânia também
A estratégia também é válida para o País, principalmente Goiânia. Disputar eleição em uma capital ou grandes cidades significa mídia espontânea e oportunidade para apresentar programas e propostas de governo. O PSDB quer ser mais propositivo sem deixar de ser crítico, focando em temas como educação, moradia e inclusão social.
Neotucano de Lêda
Enfim a deputada federal Lêda Borges (PSDB-GO) anunciou em um programa de rádio, na sexta-feira (19), que o vereador José Antônio (que vai deixar o MDB) será o candidato tucano em Valparaíso. O agora neotucano Zé Antônio vai criticar a gestão da qual ela fazia parte?
Jovens “nem-nem”
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revela um triste dado: jovens de 18 a 24 anos que não estudam e nem trabalham, os chamados “nem-nem”. Se tivessem uma atividade laboral, teriam contribuído com R$ 46,3 bilhões no PIB em 2022.
Baiocchi: “Tem vaga”
O presidente da Fecomércio de Goiás, Marcelo Baiocchi, analisou para a Xadrez os dados do estudo da CNC. “Hoje a gente vê muitas empresas que querem contratar, mas não encontram profissionais capacitados. Mesmo tendo parcerias com várias entidades para encaminhamento direto à vaga, esbarram na qualificação”.
Oposição afinada
De acordo com o deputado estadual Paulo Cezar Martins (PL), “a oposição em Quirinópolis está afinada e as conversas com o ex-prefeito Gilmar Alves estão bem avançadas”. Paulo Cezar trabalha para um consenso de apoio ao seu nome que disputará a prefeitura. (Especial para O Hoje)