Coluna

PSDB no muro ou mais ou menos oposição ao PT

Publicado por: Wilson Silvestre | Postado em: 10 de novembro de 2022

Mais uma vez os tucanos mostram que, minguam de tamanho mas não perde a tradição de ‘murista’. Reduzido a 13 deputados federais, quatro senadores e três governadores, a sigla tenta encontrar um rumo. Sem um líder que ilumine o caminho, continua ‘rachado’ entre apoiar o governo do presidente Inácio Lula da Silva (PT), ou manter uma certa independência. Se for seguir o que defende o senador cearense em final de mandato, Tasso Jeireissati e os governadores Eduardo Leite (Rio Grande do Sul) e Eduardo Riedel (Mato Grosso do Sul), a oposição será pontual. “Na minha opinião, nós devemos fazer uma oposição não sistemática, como fizemos no primeiro governo do Lula, aprovando vários projetos de interesse dele. O presidente Lula está se propondo a fazer um governo de coalizão que conjugue várias tendências e pensamentos. Então, vamos esperar para ver até que ponto vai a nossa oposição”, pontuou Tasso. Na mesma linha de pensamento, encontra-se o ex-governador de Goiás, Marconi Perillo. No estado, o ‘racha’ ficou evidente durante a eleição em que Marconi perdeu a vaga de senador. Os conservadores do partido optaram pelo apoio a Jair Bolsonaro (PL) elegendo Wilder Moraes enquanto a outra parte apoiou Marconi, mas terminou sendo derrotado pela ala bolsonarista.

Sem ocupar cargos

Na entrevista ao jornal O Globo Tasso disse que “vamos esperar para ver até que ponto vai a nossa oposição. Na minha opinião, o partido não deve ter cargos nem integrar a base de governo; tem que ficar independente”. Essa posição tende a ser adotada pela maioria já que Lula vai precisar de votos para aprovar projetos no Congresso de maioria conservadora. No caso de Goiás, os petistas não nutrem muita simpatia por Marconi, assim, apoiar Lula ou não, tem pouca valia para Marconi.

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Daniel “embaixador’

Pelo andar dos acontecimentos, o vice-governador eleito na chapa de Ronaldo Caiado, Daniel Vilela (MDB) terá papel estratégico na interlocução com o governo Lula. O embarque do MDB via Simone Tebet na gestão petista, credencia Daniel a ser o “embaixador” na ajuda para destravar projetos de interesses do estado, afinal ele tem uma ótima relação com Simone Tebet.

Bolsonarismo vivo

Na entrevista do presidente Nacional do PL, Valdemar Costa Neto foi assertivo ao dizer que o movimento político liderado por Bolsonaro, veio para fincar raízes. “O bolsonarismo está ficando maior do que Bolsonaro, por isso nós temos de trabalhar, para que o pessoal não atravesse o samba, não passe do limite”, disse.

PSD mira 2024

Outro partido que embarca no grupo de transição do PT, foi o PSD de Gilberto Kassab e Vilmar Rocha. No jantar que teve com Kassab no domingo, Vilmar ouviu do líder pessedista que o foco será 2024. O partido quer ampliar o número de prefeitos e vereadores nos estados, principalmente em Goiás, portanto, o apoio ao governo Lula faz parte dessa estratégia. Em tempo: o PSD deve apoiar a recondução de Arthur Lira (PP) no Comando da Câmara.

PO com Ibaneis

No Distrito Federal, o empresário e presidente do PSD, Paulo Octávio já selou união com o governador Ibaneis Rocha (MDB). Em carta assinada por Paulo Octávio e pelos deputados distritais eleitos pelo PSD, Robério Negreiros e Jorge Vianna, o partido anunciou disposição de integrar a base do governo Ibaneis.

Natal do Bem

A primeira-dama de Goiás e presidente da OVG, Gracinha Caiado deu início nesta quarta-feira (9), a entrega dos brinquedos do Natal do Bem 2022 em parceria com as prefeituras. São 525 mil brinquedos, entre carrinhos, bonecas, bolas de vôlei e de futebol que serão entregues a crianças carentes em todos os 246 municípios goianos.