Coluna

PT tem “quadros” partidários e escassas lideranças de massa

Publicado por: Wilson Silvestre | Postado em: 11 de novembro de 2023

Desde a redemocratização do País, o Partido dos Trabalhadores gira em torno de um líder só: Luiz Inácio Lula da Silva. Para muitos militantes, ele é uma singular divindade política sem paralelo no mundo, mas a fórmula “Lula Lá” sinaliza fadiga. Por conta do desgaste do tempo e falta de renovação de lideranças, os ideólogos da legenda começam a pensar no “pós-Lula”. Dificilmente o PT vai conseguir uma liderança que coloque freio de arrumação entre as correntes que militam no partido. Mesmo com bons “quadros” no partido, como os de Fernando Haddad, que caiu no gosto da elite política e empresarial, o “nada humilde” Aloizio Mercadante e o “muito baiano” Rui Costa, por enquanto estão no banco de reservas. Enquanto isso, se perguntar a um congressista do PT sobre o assunto “sucessão do Lula”, a resposta é a mesma: “O presidente [Lula] tem saúde para dar e vender e quer seguir o exemplo do americano Joe Biden, que vai disputar a reeleição de 2024, aos 81 anos”. Não será fácil. Por mais eficiente que seja a gestão econômica de Lula, o eleitor brasileiro quer mudanças e o discurso do presidente cheira a naftalina, só olhando o passado. Repete os mesmos projetos de governos anteriores do PT e insiste em manter os votos à base de cesta básica. De acordo com petistas, a profusão de nomes da direita ou centro-direita favorece o PT, que é um partido orgânico, vota unido, mas não tem votos no passado, quando arrastava multidões. O partido tem bons quadros, mas carece de povo, ou seja, empolgar as massas como fazia Lula nos bons tempos.

“Voltar a vencer eleições”

Desde 2014, quando o então governador petista Agnelo Queiroz sofreu uma derrota humilhante ao ficar em terceiro lugar logo no primeiro turno, agora, as lideranças do partido estão nas ruas e lançaram um manifesto à população que, entre uma série de lembranças e propostas, garante “construir um movimento que tenha como principal objetivo fortalecer o PT para voltar a vencer eleições”.

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Busca da militância

Otimista, o manifesto garante que o principal instrumento será a construção da unidade partidária e priorizar a militância. “O PT nasceu com o objetivo de transformar a sociedade brasileira a partir de um programa de superação das desigualdades sociais e de defesa da democracia”, ressalta.

Célio reassume

Depois de se licenciar da Câmara Federal para assuntos pessoais, o deputado federal por Luziânia e Entorno, Célio Silveira (MDB), reassume o mandato em dezembro. O suplente, empresário e pré-candidato a prefeito de Anápolis, Márcio Corrêa (MDB), volta a articular mais intensamente alianças com seu grupo.

Aguardando Naves

Assim que retornar da China na próxima quarta-feira (14), a expectativa em Anápolis é que o prefeito e presidente do Republicanos de Goiás, Roberto Naves, traga na bagagem, além de boas notícias sobre investimentos chineses no município, também as tratativas políticas que teve com o governador Ronaldo Caiado na viagem.

Brasília manda

O Republicanos de Goiás tem uma série de gargalos para resolver. Entre eles, o de Valparaíso. Quem está dando as cartas no município não é a presidente da legenda municipal, Maria Yvelonia, mas o deputado federal Fred Linhares, de Brasília. Ele inclusive articula para que o vice do PL seja seu amigo Glaucio Montana. (Especial para O Hoje)