Coluna

Qualidade da aliança é mais importante que quantidade, diz Lúcia

Publicado por: Sheyla Sousa | Postado em: 07 de agosto de 2018

A coligação do governador José Eliton (PSDB), mesmo sendo a
menor comandada por tucanos das últimas eleições (11 partidos), garante o maior
tempo de propaganda no Rádio e na TV, que começa no dia 31 deste mês. Já a
aliança em torno de Ronaldo Caiado (DEM), que conta com 13 siglas, representa
apenas o terceiro maior tempo, muito próximo ao conseguido pelo PT, já que
parte das legendas sequer acrescenta segundos ao bloco. Ainda na oposição, o
segundo lugar no tamanho das propagandas ficou com Daniel Vilela (MDB), com
quatro partidos. “Isso é relativo. O que se precisa em uma aliança é de
militantes e os partidos aliados ao governo têm um número expressivo e a
convenção mostrou isso. Além disso, os partidos da base são muito fortes e
estruturados, com apoio popular. Sobre a oposição, é preciso avaliar não a
quantidade, mas a qualidade”, afirma a senadora Lúcia Vânia (PSB). Questionada
pela Xadrez sobre a viabilidade de José Eliton como candidato, Lúcia aponta que
“a base está se estruturando para competir e chegar à vitória”.

À disputa

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Nenhum dos partidos médios da base aliada a José Eliton (PTB,
PSD, PSB, PPS e PR) aceitava fazer chapão para deputado estadual com o PSDB. No
fim, a ata tucana publicada ontem pelo TRE registra união entre PSDB, PSB e
PPS.

Frustração

A senadora Lúcia Vânia comanda na prática as duas siglas e
defendia até a noite de domingo chapa com outros partidos do mesmo tamanho,
possivelmente com o PTB. A pressão palaciana foi mais forte.

‘Surto de construção’

O candidato do MDB à presidência da República, Henrique
Meirelles, prometeu ontem  “o maior surto
de construção da história do País e um dos maiores do mundo”, durante o evento
Coalizão para a Construção, que sabatinou cinco candidatos ao posto. Ele
defendeu um amplo programa de investimento em infraestrutura urbana e de longa
distância, como parte do programa Brasil mais Integrado, lançado na convenção
do partido. A execução desse programa estaria atrelada ao ajuste
macroeconômico, segundo explicou o anapolino. “Não há condições de o setor
público investir sem crescimento da economia e sem aumento da arrecadação”. O
ex-ministro da Fazenda falou em destinar R$ 80 bilhões para concluir as mais de
7.000 obras que se encontram hoje paralisadas. Os critérios para priorização
serão as que proporcionam maior retorno social e as com maior potencial de
atrair o capital privado. A estratégia é acelerar o programa de concessões ao
setor privado, além de melhorar o ambiente de negócios para atrair
investimentos.

CURTAS

Entrosamento – O
programa de Meirelles prevê mesas de diálogo entre setores público e privado e
reequilíbrio da matriz de risco das concessões.

Patrimônio – A cidade
de Goiás sedia entre 13 e 15 de agosto o  Seminário Internacional Gestão
de Sítios Culturais do Patrimônio Mundial no Brasil, do Iphan.

Fornecimento – A
Saneago informa que 41 bairros de Goiânia terão abastecimento de água afetado hoje
por obras de “melhoria operacional na Estação de Tratamento”.

Chapa reforçada

O ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela (MDB),
foi definido como o primeiro suplente de Vanderlan Cardoso (PP) na disputa para
o Senado, na chapa encabeçada pelo candidato ao governo, Daniel Vilela.

Perfil

“Nós temos, praticamente, o mesmo perfil”, afirmou Vanderlan
sobre o anúncio do novo colega de chapa. “Para mim é motivo de muito orgulho e
satisfação”, completou o empresário.

Limites

As atas das convenções registram os limites impostos pela
Justiça Eleitoral para os gastos eleitorais. São R$ 9,1 milhões para
governador, R$ 3,5 milhões para senador, R$ 2,5 milhões para deputado federal e
R$ 1 milhão para estadual. A conferir.

Em casa

José Eliton agradeceu ontem o apoio do deputado federal
Roberto Balestra durante convenção do PP no domingo (5) e discordou do
posicionamento da cúpula do partido. O ex-pepista garantiu “amparo às
lideranças legítimas progressistas”.

Silêncio

Depois de questionar a falta de transparência na convenção,
Balestra afirmou à Xadrez que prefere “não falar” por enquanto sobre o
fechamento da aliança com o MDB. Eliton afirma que o desencontro foi motivado
por “pontos de composição na chapa”.

Estadual

Os caiadistas confirmam chapas a deputado estadual formadas
por PRP e Podemos e outra entre PTC, PMB, PSC e DEM. Já o PSL e o DC sairão
isolados. PMN e PRTB formarão outra coligação com vistas à eleição na
Assembleia Legislativa.