Republicanos do H&J insistem em espaço na gestão Rogério

O anúncio nesta terça-feira (19) de novos auxiliares e remanejamentos de outros em postos estratégicos na gestão Rogério Cruz não agradou os Republicanos comandados pelo presidente regional da legenda em Goiás, Hildo do Candango, e o deputado federal Jeferson Rodrigues. “Não é justo outras legendas fazerem parte da gestão do prefeito e nós, seu partido, sermos preteridos”, reclama Hildo. A Xadrez perguntou: os nomes da legenda, como Maria Yvelonia e Jovair Arantes, não contam? “São cargos da cota pessoal do prefeito e não do partido”, frisa Hildo. As mudanças anunciadas pelo prefeito geraram protestos e a executiva regional e do Diretório Metropolitano pediram uma reunião na sexta-feira (22) para “uma última conversa”. “Caso não haja uma solução, vamos buscar outros aliados, até mesmo na base do governador Ronaldo Caiado”, garante o presidente da legenda. De acordo com ele, não se trata de ameaça, mas “o partido tem tempo de TV, apoio da Igreja Universal, deputado federal, estadual e vereadores, portanto, não é uma legenda sem votos como algumas que o prefeito agasalhou em seu staff de auxiliares. O Republicanos do H&J (Hildo e Jeferson) não quer cargos “consolo” e sim à altura da importância da legenda. “Sem um protagonismo e visibilidade, fica difícil montar uma chapa de vereadores competitiva e contribuir para a reeleição do prefeito”, lamenta Hildo.

Em busca de reconhecimento

Hildo do Candango disse que, na reunião de sexta-feira (22), quer encontrar uma solução. “Não é uma questão de radicalismo ou de ignorar o prefeito, mas de reconhecimento por parte dele da importância do partido na sua reeleição.”

Reflexos negativos

A estratégia recomendada pelo presidente nacional da legenda, deputado federal Marcos Pereira (SP), para os diretórios estaduais se concentrarem em nomes competitivos para prefeitos e vereadores tende a não ser concretizada devido a essa discordância entre o prefeito Rogério Cruz e a direção do Republicanos.

Mendanha otimista

Ao ser perguntado sobre a situação da consulta ao TSE, se tem chances de uma decisão de excepcionalidade para que dispute a Prefeitura de Goiânia em 2024, Gustavo Mendanha disse à Xadrez que tem “muita coisa para acontecer”. Segundo ele, os membros do colegiado é que vão dar a palavra final. “Estou confiante e otimista.”

Naves precipitou

A questão do PP de Anápolis, que provocou o anúncio da saída de Roberto Naves da legenda, “foi precipitada e surpreendeu Alexandre Baldy”, contou à Xadrez um vereador anapolino. A fonte disse que Leandro Ribeiro não foi anunciado como pré-candidato, mas colocou o nome à disposição do partido. “Há muito tempo Leandro tem dito que gostaria de disputar a prefeitura, mas isso dependeria de acordos políticos.”

PP e UB juntos

Caso Roberto Naves não recue, PP e União Brasil podem montar uma chapa juntos, já que o deputado estadual Amilton Filho tem uma boa relação com Leandro Ribeiro. “Mas esta discussão será a partir do ano que vem, conforme recomendação do governador Ronaldo Caiado”, diz Joel Sant’Anna.

Tempo de TV

Uma aliança com o MDB está totalmente descartada e a tendência é que Anápolis tenha Antônio Gomide (PT) de um lado, União Brasil e PP de outro e um terceiro nome formado pelo PL. Pode haver outros candidatos, mas o tempo de TV e rádio do PP e UB é grande e conta com uma estrutura competitiva. (Especial para O Hoje)