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quarta-feira, 11 de dezembro de 2024
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Reservas em dólar aumentam US$ 25 bilhões em 12 meses

Os dados do Banco Central registram uma elevação de 7,27% entre agosto do ano passado e o mesmo mês deste ano

O aumento do déficit na conta de transações correntes neste ano, a diferença entre todos os dólares que entraram e saíram do País em determinado período de tempo, não impediu o avanço das reservas internacionais, normalmente medidas também em dólar. Os dados do Banco Central (BC) registram uma elevação de 7,27% entre agosto do ano passado e o mesmo mês deste ano, com as reservas subindo de US$ 344,177 bilhões para US$ 369,214 bilhões, num ganho equivalente a US$ 25,037 bilhões.

Incluindo créditos brasileiros estacionados no exterior, num total aproximado de US$ 924,464 milhões, e haveres de bancos comerciais em moeda estrangeira, perto de US$ 30,324 bilhões, os recursos disponíveis em moeda forte aproximavam-se em agosto deste ano de US$ 400,463 bilhões. O saldo das reservas ampliadas, num conceito gerado pela própria coluna apenas para melhor entendimento do processo, superava em 8,75% o estoque total da dívida externa bruta, que havia alcançado ao final de agosto perto de US$ 368,237 bilhões.

A comparação entre aqueles dois valores mantinha o País como credor internacional líquido num total de US$ 32,136 bilhões, algo correspondente a 1,45% do Produto Interno Bruto (PIB). Colocado de outra forma, caso enfrentasse em crise externa virulenta, num cenário apocalíptico, o Brasil teria recursos para pagar toda sua dívida externa e ainda sobrariam aqueles pouco mais de US$ 32,0 bilhões. Desde o final da primeira metade dos anos 2000, quando as reservas começaram a crescer, a questão externa veio se diluindo e, alguns anos mais tarde, deixou de fato de ser um problema para a economia brasileira.

Conta corrente

Em agosto, a conta de transações correntes passou a apresentar déficit de US$ 6,589 bilhões, acumulando um rombo de US$ 30,408 bilhões em oito meses, com crescimento vigoroso em relação aos mesmos períodos do ano passado. Comparado com o agosto de 2023, quando havia atingido apenas US$ 968,694 milhões, o déficit aumentou 580,17% (ou US$ 5,620 bilhões a mais). O tombo de 54,42% no saldo da balança comercial, de US$ 8,840 bilhões para US$ 4,029 bilhões, explicou perto de 85,6% do crescimento do déficit em transações correntes em agosto. Entre janeiro e agosto, o déficit corrente mais do que dobrou em relação ao rombo de US$ 13,509 bilhões nos mesmos oito meses de 2023 (alta de 125,09%). O superávit comercial (exportações menos importações de bens) sofreu baixa de 17,41%, de US$ 58,629 bilhões para US$ 48,420 bilhões, correspondendo a 60,41% da alta no resultado da conta de transações correntes.

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