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sábado, 23 de novembro de 2024
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Reservas recuperam em 2023 metade das perdas registradas em 64 meses

Entre o início da segunda semana de setembro de 2017 e o último dia de 2022, as reservas internacionais do País haviam sofrido uma queda de 15,37%, reduzidas de US$ 383,662 bilhões para US$ 324,703 bilhões em função de fatores conjunturais, mas também por conta de decisões de política econômica tomadas à época. Em pouco […]

Entre o início da segunda semana de setembro de 2017 e o último dia de 2022, as reservas internacionais do País haviam sofrido uma queda de 15,37%, reduzidas de US$ 383,662 bilhões para US$ 324,703 bilhões em função de fatores conjunturais, mas também por conta de decisões de política econômica tomadas à época. Em pouco mais de cinco anos – ou mais precisamente em 64 meses –, o País havia torrado em torno de US$ 58,959 bilhões de suas reservas em moeda forte. Nos 12 meses seguintes, aqueles valores haviam subido em torno de 9,34% e atingido em dezembro passado perto de US$ 355,034 bilhões, o que correspondeu a uma recomposição próxima de US$ 30,331 bilhões no período – quer dizer, qualquer próxima de 51,4% das perdas acumuladas no período anterior analisado aqui.

A recuperação guarda relação aproximada com o que tem ocorrido mais recentemente com as contas externas do País e igualmente à decisão do Banco Central (BC) de reduzir ou mesmo eliminar suas intervenções no mercado de dólar ao longo do ano passado, considerando um período de certa estabilidade no câmbio (quer dizer, na cotação do dólar em reais). Aqueles valores oscilaram nas primeiras semanas deste ano, chegando a US$ 352,462 bilhões em 17 de janeiro e elevando-se para US$ 354,255 bilhões no primeiro dia deste mês, ainda acima dos níveis de dezembro de 2022.

De toda forma, são níveis elevados no histórico das contas externas brasileiras, que enfrentou décadas de falta de dólares e crises recorrentes em função disso desde o começo dos anos 1980. Ao final do período FHC, 31 de dezembro de 2002, as reservas somavam apenas US$ 37,823 bilhões, o equivalente a 78,3% de tudo o que o País havia importado naquele ano. 

Histórico recente

Para comparação, o estoque de moedas fortes na conta de reservas do BC, em dezembro passado, era 34,5% maior do que o total das compras de bens realizadas lá fora pelo País. Ao final de 2010, numa reviravolta em relação às políticas econômicas anteriores de apreciação do dólar, que produziram quebradeira e desindustrialização, as reservas haviam saltado para US$ 288,575 bilhões, sete vezes maiores do que aquelas acumuladas até o final de 2002. Em oito anos, o País conseguiu somar a suas reservas algo em torno de US$ 250,752 bilhões. Mais US$ 80,966 bilhões ajudariam a engordar as reservas até 31 de agosto de 2016, elevando o saldo para US$ 369,541 bilhões, numa variação de 28,06% em cinco anos e oito meses. Antes de iniciar a trajetória de perdas, mais US$ 14,121 bilhões foram depositados na conta do Brasil, com as reservas subindo 3,82% em quase 12 meses, para aqueles US$ 383,662 bilhões.

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