Ricos querem aprovar reforma rápida e com poucas alterações

A percepção de vários deputados e prefeitos goianos é de que a proposta de reforma tributária tende a ser aprovada rápido, como deseja o governo Lula, também o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e a Fiesp. Os sinais vêm de Estados industrializados e suas bancadas depois das rodadas de conversas nesta terça-feira (4). Tanto que nesta quarta-feira (5), logo pela manhã, depois de uma conversa com o ministro Fernando Haddad (PT), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), mudou o tom. Na segunda-feira (3), Tarcísio avaliava que os Estados emergentes, como Goiás, poderiam ser prejudicados. Mas a pressão dos senhores das grandes indústrias e traders fez com que ele recuasse dois passos atrás. Tarcísio agora “concorda com a espinha dorsal da reforma tributária e que está de acordo com 95% do texto”. Soma-se a ele o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB). Para ele, “é caro para exportar soja, petróleo bruto e minério de ferro”. De acordo com Alckmin, muitos problemas do custo Brasil podem ser resolvidos com a reforma tributária. “Tem que desonerar investimento e exportação. Essa é uma reforma que traz eficiência econômica. Resumindo: a reforma favorece mais os Estados industrializados, como São Paulo, e deixa os exportadores de grãos, proteína animal e minérios com as sobras dos tributos.

Caiado tem razão em protestar

Em entrevista na Globo News nesta terça-feira (4), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, foi enfático ao protestar contra o texto da reforma tributária: “Querem cria um Conselho Federativo para decidir sobre meu Estado, sobre as prefeituras do País? Quer dizer, vai me passar uma mesada. Se eu estiver bem com o conselho vou receber um fundo de compensação, se não estiver, vou receber o fundo de desenvolvimento regional. Eu vou ser o quê? Um ordenador de despesa? Sou governador eleito pelo povo”.

‘Encosto’ de Lula

Mesmo depois do TSE tornar Jair Bolsonaro inelegível até 2030, o presidente Lula não o esquece. É como se fosse um encosto que força Lula a mantê-lo vivo politicamente. Agora foi em Foz do Iguaçu ao falar para militantes dizendo que o ex-presidente é um “titica”. O homem não desce do palanque.

Cambão cultural

Artesãos do Entorno de Brasília bateram à porta do deputado estadual da região e líder do governo de Ronaldo Caiado na Alego, Wilde Cambão (PSD), pedindo ajuda de incentivo à cultura, principalmente artesanato. Eles buscam, além da valorização profissional, uma política de Estado que garanta a sobrevivência da arte no Entorno.

Rio Verde

No dia 5 de agosto, Rio Verde completa 175 anos. Além de uma extensa programação variada de eventos artísticos, o prefeito Paulo do Vale (UB) vai entregar à população do município e região o novo Materno Infantil.

Águas Lindas

O deputado estadual Anderson Teodoro (Agir) se firma como aguerrido defensor de Águas Lindas e da gestão do prefeito, Lucas Antonietti (Podemos). “Os problemas não cessam, mas paulatinamente resolvidos, como o do fornecimento de água tratada, por exemplo. Novos reservatórios foram entregues e outros em construção.”

Roendo as unhas

Lideranças políticas de Brasília vão permanecer roendo as unhas sobre o destino do FCDF. Lira vai priorizar as votações da reforma tributária, do Coaf e empurrar o arcabouço fiscal para depois do recesso parlamentar. (Especial para O Hoje)