Rifar candidatura de Caiado pode significar a morte do União Brasil
As tais federações partidárias, trazidas pela reforma eleitoral de 2021, nascem sem serventia e morrem sem deixar saudades. É o que está ocorrendo com a mais badalada delas, a União Progressista, com União Brasil e o PP. Seu presidente, o pepista Ciro Nogueira, tentou implodir a pré-candidatura da federação, a do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que não deixou barato e partiu para cima do ofensor.
Em 1989, Caiado não dispunha sequer de 1% do que reúne atualmente em termos de estrutura e foi às urnas. No momento, há pesquisas que lhe dão mais de 40% quando a simulação é de 2º turno contra Lula. Após conversar com diversos que convivem com o governador, a coluna assegura: não há a menor chance de Caiado desistir e zero interesse em sair do partido. É mais fácil o partido sair da aliança com o PP — até porque se ele se desfiliar do UB, só vai sobrar adesista e protagonista de escândalo.
Caiado já perdeu grandes amigos em Goiás por ser fiel a ACM Neto e é premiado com o vexame no lançamento da candidatura em abril, na sua Salvador. O microleão não queria ir de jeito nenhum. O minitraíra, infelizmente, não é o único. Os parlamentares do UB, inclusive os estaduais e federais goianos, se calaram diante da covardia de Nogueira.
O boi ainda não rodou com a corda, melhor ainda que os garranchos vão ficando a curva do rio. Caiado busca partidos, visita outros Estados e abastece a mídia com entrevistas. Já entregou a parte política em Goiás a seu vice, Daniel Vilela, que está com o ônus e o bônus de encher ônibus de concorrentes ao Congresso e à Assembleia. É um BBB com somente uma eliminação, a própria.