Rogério Cruz no centro do ringue político e pronto para o 2º round

Resistência e diálogo, duas palavras que o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos) adotou como conceito político em meio à ‘guerra’ com a Câmara de Vereadores. Na semana passada, em meio a reuniões tensas e aparições públicas relâmpago, Rogério traçou um roteiro para os próximos dias onde o primordial será a boa prosa com as excelências vereadores. O prefeito percebeu que, ao terceirizar essa função ao secretário de Governo Municipal Jovair Arantes, também Republicano, esvaziou sua autoridade política para selar acordos e sedimentar uma aliança duradoura com os vereadores. Ao voltar para o leito normal do poder, sinaliza aos auxiliares e aliados, que o comando é dele e o que disser, será honrado. Sem intermediários, afinal, não faz sentido terceirizar negociação política se a última palavra é sua. Em outras palavras: pronto para a luta e revigorado para o segundo round. Evidente que Jovair não gostou da fórmula pois isso esvazia seu protagonismo, mas em compensação, o prefeito baixa a fervura na Câmara e elimina ingredientes tóxicos que provocavam indigestão política entre o Paço e vereadores. Esta semana será decisiva na CEI da Comurg, mas o prefeito se diz tranquilo e vai continuar com sua agenda positiva, sem ser contaminado pelo noticiário negativo. Vai focar na entrega e conclusão das obras e mostrar aos goianienses que a única que carrega é o sobrenome, quanto a gestão de Goiânia, “é o maior prazer servir um povo generoso e trabalhador como os goianienses”, disse Rogério a um empresário recentemente.

Caiado 2 e os 100 dias

Manter as contas ‘certas’, além de limitar a capacidade de atender demandas da população represadas por décadas, o governante comprometido com o interesse público precisa lidar com a voracidade dos aliados por cargos. Este é o caso do governador Ronaldo Caiado (UB) que, ao completar os 100 dias de seu segundo mandato, enfrenta a voracidade de aliados novos e antigos em busca de “espaço na gestão”.

Estado e poder

É da natureza política ter o Estado instituição – leia-se, contribuinte –, financiando a máquina partidária. Portanto, prefeitos e aliados de Caiado, novos e antigos, querem ser reeleitos ou eleger o sucessor municipal, nomeando cargos comissionados como moeda de poder e votos.

Roriz e a Tributária

Uma das lideranças empresariais mais respeitadas do país e voz ouvida sobre a Reforma Tributária, presidente da Abiplas e do Sindiplast de São Paulo, José Roriz disse à Xadrez que, para seu segmento industrial é essencial. “O sistema tributário brasileiro é complexo, caro e impede novos investimentos, não só para quem está no Brasil, mas quem tá pra fora do Brasil”.

Essa é a hora
Roriz defende que esse é o momento de se aprovar uma Refrma Tributária boa para o Brasil. “Uma reforma que gere mais emprego, aumente a renda, atraia investimento estrangeiros e que nos torne mais competitivo”.

Outra visão

As mudanças no marco regulatório do saneamento proposto pelo presidente Lula, não será engolido facilmente pelo Congresso. O medo da insegurança jurídica já bateu na porta da Suprema Corte provocada pelo partido Novo.

Acarajé suspeito

A ‘briga’ entre o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto e o PT na Bahia, pode tornar as mudanças propostas por Lula no marco do saneamento, um ‘acarajé político’ indigesto. A encrenca tende a respingar no Congresso e provocar ‘dilurimento’ na frágil bancada pró-governo.