Coluna

Sem Bolsonaro, Tarcísio e Caiado são alternativas da direita em 2026

Publicado por: Wilson Silvestre | Postado em: 03 de novembro de 2023

Com mais uma condenação sentenciada pelo TSE nesta terça-feira (31), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fica inelegível até 2030, mas não tira a sua influência nas próximas eleições, principalmente para prefeitos e vereadores em 2024. Essa é a avaliação que a Xadrez apurou junto ao PL nacional e com bolsonaristas em Goiás. Embora a majoritária e proporcional de 2026 esteja distante, cabeças pensantes no entorno do ex-presidente fazem projeções sobre nomes que podem empunhar a bandeira da direita. O primeiro, mais óbvio por ter afinidades com Bolsonaro, é o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, segundo bolsonaristas, “emprestado” ao Republicanos. Em seguida, o do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), que, de acordo com uma fonte, “se encaixa no perfil que o Brasil precisa: tem coragem, é honesto e honra a palavra empenhada”. Para os ideólogos do PL, Tarcísio só sairá candidato a presidente da República se estiver com índices de pesquisas bem acima dos concorrentes. Caso contrário, é melhor disputar a reeleição de governador, onde terá mais chances. Nesse caso, Caiado passa a ser apoiado pelo PL, pois “não tem outro nome mais conhecido no País do que o dele”, avaliam.

União Brasil dividido pode…

… atrapalhar os planos de Ronaldo Caiado de ser ungido candidato a presidente pela legenda, isto porque os deputados Luciano Bivar (PE) e o advogado e empresário Antônio Rueda controlam a maioria dos convencionais no diretório nacional. Assim que Caiado retornar da China, está prevista uma reunião da cúpula do partido para definir qual será o papel do União Brasil: submisso ao lulopetismo ou independente com projeto de poder.

Continua após a publicidade

Sem protagonismo

Sem um protagonismo nacional, o União Brasil tende a ser mais uma legenda do Centrão em busca do “toma lá dá cá”, portanto, sem identidade orgânica que possa bancar um projeto de poder presidencial.

Solavancos no Paço

O esforço do prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), em colocar a gestão em ordem, tem tido um custo político que reflete na sua popularidade. Quando se imaginava indo numa toada boa com os mutirões e entrega de obras, vem mais um solavanco com 159 exonerações de comissionados.

Balas aos inimigos

Agora o prefeito e seus auxiliares políticos vão ter que se desdobrar para dar explicações e justificativas. Se manter silêncio sobre as demissões, alimenta especulações sobre os motivos, dentre elas que foi pressionado pela Câmara de Vereadores – leia-se Romário Policarpo –, mas o desgaste fica com o prefeito.

Delúbio na área

Goiano de Piracanjuba, professor de matemática aposentado e ex-tesoureiro nacional do PT, Delúbio Soares está novamente na ativa. Além das viagens pelo País, participando de eventos e articulando sobre as eleições nos municípios de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo, também dedica visitas aos goianos. Recentemente esteve em Iporá, onde conversou um bom par de horas com o prefeito Naçoitan Leite (UB). (Especial para O Hoje)