Coluna

Sem polarização, o debate político perde convergência

Publicado por: Wilson Silvestre | Postado em: 10 de setembro de 2022

Ao deixar a disputa do Governo de Goiás e optar pela candidatura ao Senado, o ex-governador Marconi Perillo (PSDB), jogou um balde de água fria no que seria o confronto de ideias e conceito de gestão com o governador-candidato, Ronaldo Caiado (UB). Para ambos, mesmo involuntariamente, foi um achado político não ter esse confronto. Não perde eleitores já que os dois lados um dia estiveram juntos no mesmo barco, portanto, quem vota em Caiado também pode votar em Marconi e vice-versa. Mas, sem uma polarização, o debate que interessa o cidadão-eleitor perde convergência, afinal, que ganho teria Caiado em participar de debates entre concorrentes ao governo se ele lidera a intenção de votos com folga? Seus adversários torcem para que ele compareça em debates para esmiuçar sua gestão e espinafrar seu governo, algo que tem sido evitado. Diante de um quadro assim, só resta a Gustavo Mendanha (Patriota), Vitor Hugo (PL) entre outros, tentar diminuir essa distância ‘tirando’ eleitores de Caiado. Só tem um problema: o eleitorado é conservador, então, fica difícil convencer a população que eles podem fazer melhor do que o governador. Este é o desafio dos concorrentes de Caiado, incluindo os partidos de esquerda.

Vaga da discórdia

Depois que o ordenamento jurídico permitiu a candidatura avulsa para o Senado na base do governador-candidato, Ronaldo Caiado (UB), o que seria uma ideia civilizada, virou uma guerra não declarada. A troca de farpas entre os candidatos avulsos, Delegado Waldir (UB) e Alexandre Baldy (Progressistas) só ajuda os adversários, principalmente Marconi Perillo (PSDB). Bom para Caiado que mantem distância da encrenca e terá votos de todas as correntes.

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Venezuela aqui

Desde 2016 quando explodiu a crise política na Venezuela que o número de refugiados no Brasil não para de crescer. Não é necessário estatísticas para perceber o quanto de venezuelanos estão nas ruas de Goiânia, não raro mães com crianças pequenas e de colo. Devido a barreira do idioma, cartazes improvisados com pedidos de ajuda. São os ‘invisíveis’ estrangeiros que se somam aos do Brasil.

Cremego reage

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) respondeu por meio de nota de repudio, o prefeito de Catalão Adib Elias (Progressistas) que, em vídeo que circula na cidade critica os médicos do serviço público. Adib diz que “não existe funcionário pior do que médico: gostam de ganhar, trabalhar pouco e reclamar”. O Cremego diz que vai tomar as medidas cabíveis.

Filippelli e o futuro

O ex-vice-governador do DF e candidato a deputado distrital, Tadeu Filippelli (MDB) fumou o cachimbo da paz com o governador Ibaneis Rocha (MDB). Na quinta-feira (8), Filippelli ofereceu um almoço ao governador-candidato Ibaneis. O meio político viu o gesto como uma janela para que, eleito, Filippeli venha disputar a presidência da Câmara Legislativa do DF. Ambos estavam distantes desde a disputa de 2018.

Federal da cultura

Publicitário, apresentador de TV e candidato a deputado federal, Hamilton Carneiro (PSD) encontrou uma forma criativa e ligada à sua bandeira em defesa da cultura: artistas identificados com as raízes goianas e brasileira declaram seu voto a ele usando seus instrumentos.

Anápolis, o alvo

Nesta eleição, a cidade de Anápolis e seu eleitores tem sido o alvo de todos os candidatos majoritários a governador e Senado. Toda semana tem caminhada e carreata na cidade e na quinta-feira (8) foi a vez de Vitor Hugo (PL) cumprir extensa agenda encerrada às 18 horas com sabatina na Associação Comercial e Industrial de Anápolis (ACIA).