Coluna

“Sem ressentimentos”, Baldy desconsidera expulsar governistas

Publicado por: Sheyla Sousa | Postado em: 08 de agosto de 2018

O presidente estadual do Progressistas (PP), deputado
federal licenciado e ministro das Cidades, Alexandre Baldy, rejeita qualquer
possibilidade de abertura de processos de expulsão ou qualquer punição a
filiados que optarem por apoiar o governador José Eliton (PSDB) na eleição
deste ano, contrariando a decisão do partido de aliança com o MDB, do candidato
Daniel Vilela (MDB). Segundo Baldy, este tipo de perseguição é marca da “velha
política”. “Desejo o crescimento do partido sem qualquer tipo de punição,
retaliação. Porque isso não faz parte do que é o desejo das pessoas que sofrem,
que não têm teto para morar ou uma gota de água na torneira. A perseguição é
marca de uma política ultrapassada”, afirmou o ministro. Já sobre a divisão
interna no partido, que tem forte setor governista, Baldy diz acreditar que
“todos os prefeitos do partido estarão unidos com a decisão (de apoiar o MDB).
Especificamente os prefeitos Abelardo Vaz, de Inhumas, e Issy Quinan, de
Vianópolis, participaram de todos os debates, inclusive madrugadas a dentro”.

Citação direta

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O ministro, portanto, faz questão de citar diretamente os
prefeitos mais próximos da base do deputado federal Roberto Balestra, que
mantém racha interno no PP, com apoio a Eliton. O partido tem ao todo 25
prefeitos.

Encruzilhada

Sem negar a contribuição com o governo do PSDB por quase
quatro anos, Baldy aponta: “Daniel é novo. O deputado Heuler Cruvinel é novo. Representam
o novo momento que Goiás precisa”.

Contra tudo e todos

No primeiro evento depois da oficialização como candidata,
mais uma vez, à Presidência da República, Marina Silva (Rede) classificou como
“extremistas” os principais adversários na corrida ao Planalto. “Discursos
extremistas que prometem saídas fáceis para uma crise complexa crescem na
sociedade brasileira, alimentando-se de nossa insegurança e de nossa
revolta. Já vimos esse filme antes e sabemos como ele acaba”, afirmou. Num
primeiro momento, Marina não especificou a quem se referia ao falar de
extremos. Mas listou seus principais adversários ao ser questionada durante
entrevista coletiva. “Quando eu digo extremos que não respeitam a democracia e
têm saudosismo da ditadura, eu estou me referindo ao candidato Bolsonaro, sem
sombra de dúvida. Quando eu digo que tem os extremos que não reconhecem os graves
problemas de corrupção que têm atingido os grandes partidos, eu estou me
referindo aos grandes partidos da polarização, PT, MDB, PSDB.” A
ex-senadora disse interesses, privilégios e a corrupção sabotaram a vontade do
povo.

CURTAS

Ao goiano
Marina citou Henrique Meirelles (MDB). “Com ele candidato, existirão aqueles
que estando no governo tentarão parecer que são outra coisa e não são”

Ufa! – Fica
impressão de alívio com notícias do governo estadual sobre o pagamento da folha
de servidores. Desta vez, valores acima de R$ 3,5 mil serão pagos hoje.

Papo reto – Representantes
do Fórum de Entidades Empresariais no Palácio das Esmeraldas apresentaram ontem
demandas do setor ao governador José Eliton.

Distribuição

A definição das chapas proporcionais nas coligações com
maior número de partidos em Goiás foi marcada pela alta presença de listas
puras e muitas chapas. Na base de Ronaldo Caiado, que tem 13 partidos, são oito
chapas a deputado estadual.

Solitários

Resolveram lançar chapas puras os partidos caiadistas: PROS,
PDT, DC e PSL. Já na base do governador José Eliton (11 partidos), ficar sozinhos:
SD, Patriota e Rede. Na aliança com MDB na majoritária, PP e PSH têm pleitos
separados à Alego.

Chapão

O PSDB não conseguiu mesmo fechar chapão e tem coligação com
PSB e PPS. O MDB coligou com o PRB, enquanto que o DEM tem chapa com PTC, PMB e
PSC. Para deputado federal os três grupos uniram forças em chapas maiores.

Desunião

Sem viabilizar aliança maior, os partidos de esquerda em
Goiás também ficaram isolados na disputa proporcional. PCB e Psol não têm
coligação e a dupla PT e PCdoB estão coligados tanto para estadual quanto para
federal.

Tô fora!

O presidente do DC em Goiás, Alexandre Magalhães entregou ontem
carta de demissão ao prefeito de Goiânia, Iris Rezende (MDB). Ele chefiou a Agência
Municipal de Turismo, Eventos e Lazer (Agetul) desde 2017.

Balanço

O caiadista termina “com muito orgulho”. Foram 20 meses em
que, segundo ele, plantou “a semente de um modelo de gestão eficiente, moderno
e sério”. Encarou crises como o fechamento do Parque Mutirama e a Operação
Multigrana do MPGO.