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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

Sem uma liderança orgânica: Entorno do DF não emplaca vice

Wilson Silvestrepor Wilson Silvestre em 28 de agosto de 2025
O Entorno do Distrito Federal (DF), com seus 10 municípios fronteiriços à Capital do País Takeshi Gondo - Ilustrador
O Entorno do Distrito Federal (DF), com seus 10 municípios fronteiriços à Capital do País Takeshi Gondo - Ilustrador

O Entorno do Distrito Federal (DF), com seus 10 municípios fronteiriços à Capital do País, reúne aproximadamente 600 mil eleitores, um ativo de votos significativo para qualquer candidato a governador em Goiás. Se incluída a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE), esse número sobe para quase 900 mil votantes. No entanto, por mais atraente que seja esse potencial eleitoral, falta um líder que aglutine esses votos e negocie a vaga de vice-governador.

Teoricamente, existem três pré-candidatos ao governo: Daniel Vilela (MDB), Marconi Perillo (PSDB) e o senador Wilder Morais (PL). Mas ainda não há liderança no Entorno capaz de mobilizar a torcida local. Na base de Ronaldo Caiado, a disputa pelo vice de Daniel afunila em três nomes: o ex-prefeito de Rio Verde, Paulo do Vale (União Brasil), o presidente da Faeg, José Mário Schreiner, e o secretário-chefe da Secretaria-Geral da Governadoria (SGG), Adriano da Rocha Lima. Marconi e Wilder ainda não têm projetos definidos e dão os primeiros passos na construção de suas candidaturas.

Nomes ventilados para vice de Daniel no Entorno, como os prefeitos Diego Sorgatto (Luziânia) e Lucas Antonietti (Águas Lindas), ambos do União Brasil, não fizeram até agora movimentos nessa direção. Outro cotado, o ex-prefeito de Valparaíso, Pábio Mossoró, atual secretário do Entorno, está filiado ao MDB, mas pode mudar de partido e focar na candidatura a deputado federal. O deputado estadual Wilde Cambão (PSD), outro nome forte na base caiadista, afirma que está focado na reeleição. Com nenhum consenso, dificilmente o vice da base caiadista sairá do Entorno. Resta saber se Marconi ou Wilder escolherão uma liderança da região.

Edinho Silva alinha discurso

O novo presidente do PT nacional, Edinho Silva, reuniu nesta quarta-feira (27), em almoço, as principais lideranças de esquerda representadas pelo PSB, PT, PSol, PDT, Rede, PCdoB e Cidadania. Eles discutiram a possibilidade de formar uma federação nos moldes das alianças de direita e centro-direita, como União Brasil e PP, que preocupa os petistas temendo uma debandada à candidatura de oposição ao presidente Lula. Edinho frisou que o objetivo da reunião era ampliar “nossa aliança para 2026”.

Diálogo regional

Edinho reforçou o compromisso de dialogar com partidos menos radicais e fortalecer a aliança de apoio à reeleição do presidente Lula. Esse movimento do PT será estendido aos estados, principalmente nas regiões onde a direita é forte, como o Centro-Oeste.

Arruda fica no PL?

A coluna Xadrez, veiculada no ohoje.com nesta quarta-feira (27), tratou da possível filiação do ex-governador do DF, José Roberto Arruda, ao PL. A nota repercutiu entre apoiadores e partidos. Uma fonte revelou que Valdemar Costa Neto conversou com Arruda e o aconselhou a permanecer no PL, com a perspectiva de candidatura a deputado federal e possibilidade de atingir mais de 300 mil votos.

Eleger dois federais

Com essa votação, Valdemar Costa Neto avalia que os votos de Arruda podem ajudar o PL a eleger dois ou três deputados federais. Esse é o objetivo do partido em todos os estados: eleger o maior número possível de deputados federais e senadores.

Walison e os desafios

Muita gente acredita que ser vereador é mais tranquilo e que apenas prefeitos enfrentam grandes desafios. Não é bem assim, principalmente se o vereador for presidente da Mesa Diretora. Esse é o caso de Walison Lacerda (MDB), presidente da Câmara de Vereadores de Valparaíso, no Entorno do DF. Ele tem se desdobrado para resgatar a credibilidade da Casa, mas nem sempre é compreendido.

Equilibrista político

As decisões de Walison para manter os ritos solenes do Poder Legislativo muitas vezes são mal interpretadas pela população, que enxerga a liturgia regimental como ato arbitrário. “Sou um democrata, tolerante e equilibrista político, mas tenho que manter a dignidade do Poder Legislativo. Muitas vezes, as pessoas não compreendem o que significa a ‘Casa do Povo’ e não moderam a linguagem no ambiente”, disse à coluna.

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