Coluna

Seria ‘provável’ união entre MDB e PSDB em segundo turno

Publicado por: Sheyla Sousa | Postado em: 24 de setembro de 2018

As campanhas do deputado federal Daniel Vilela (MDB) e do
governador José Eliton (PSDB) ao governo de Goiás correm contra o tempo com
trabalho de rua nos maiores colégios eleitorais e com propagandas de Rádio de
TV para que as estruturas se tornem intenções de voto, impedindo decisão em
primeiro turno em favor do senador Ronaldo Caiado (DEM). Os dois maiores
partidos de Goiás nunca antes somaram índices tão baixos em pesquisas ao
governo desde 1998 e, depois de intensos embates ao longo dos últimos 30 anos,
a união pode ser a única saída em eventual segundo turno. “Acreditamos no
crescimento na reta final e estaríamos totalmente motivados junto com todos os que
poderiam passar a compor o projeto”, considera o candidato a vice na chapa de
Daniel, deputado federal Heuler Cruvinel (PP). Aliança com o PSDB seria uma
realidade? “Acho que é provável”, responde o parlamentar à Coluna. “Mas nós
vamos passar a conversar a partir do dia 8 de outubro (o primeiro turno ocorre
no dia 7). Hoje estamos tranquilos e confiantes”, diz.

Expectativa

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A avaliação, tanto de coordenadores de Daniel quanto de Zé
Eliton é de que o confronto direto contra Caiado em segundo turno abriria
chances interessantes de apontar “incoerências” e o “despreparo” do senador.

Carta na manga

“Temos propostas na área social, enquanto o Caiado não tem
nenhuma proposta e vai acabar com os programas. Ele sempre representou os muito
ricos, latifundiários. Chega na eleição, ele vem pedir o voto dos mais pobres”,
critica Heuler.

Pela democracia

Artistas, advogados, ativistas e empresários articulam e
assinam manifesto contra a candidatura de Jair Bolsonaro à presidência da República.
O documento intitulado “Pela democracia, pelo Brasil” não indica apoio à
candidatura do PT nem de qualquer um dos adversários do deputado, mas afirma
ser necessário um movimento contra o projeto antidemocrático do candidato do
PSL. “É preciso dizer, mais que uma escolha política, a candidatura de Jair
Bolsonaro representa uma ameaça franca ao nosso patrimônio civilizatório
primordial. É preciso recusar sua normalização, e somar forças na defesa da
liberdade, da tolerância e do destino coletivo entre nós”, diz o texto. O
documento diz que o País já teve em Jânio Quadros e Fernando Collor de Mello “outros
pretensos heróis da pátria, aventureiros eleitos como supostos redentores da
ética e da limpeza política”, mas que acabaram levando o Brasil ao “desastre”.
“Nunca é demais lembrar, líderes fascistas, nazistas e diversos outros regimes
autocráticos na história e no presente foram originalmente eleitos, com a
promessa de resgatar a autoestima e a credibilidade de suas nações, antes de
subordiná-las aos mais variados desmandos autoritários”, diz outro trecho do
manifesto.

CURTAS

Assinaturas – O
documento tem ao menos 150 nomes, entre eles os de Maria Alice Setúbal,
educadora e acionista do Itaú Unibanco e do economista Bernard Appy.

Mais – Também do empresário
Guilherme Leal, sócio da Natura; de Caetano Veloso; do advogado e professor da
FGV Carlos Vilhena; e do médico Drauzio Varella.

No cargo – O
presidente Michel Temer viajou a Nova York, para a 73ª Assembleia Geral da ONU,
e o presidente do STF, Dias Toffoli, assumiu o cargo pela primeira vez.

Armas na guerra

A base de José Eliton (PSDB) lutou no fim de semana contra o
baque que foi a pesquisa Ibope, que mostrou crescimento de Ronaldo Caiado
(DEM). Governistas lembraram o erro em 1998, quando o instituto apontou vitória
de Iris Rezende.

Méritos

Durante a agenda de campanha, Marconi Perillo garantiu que a
chapa tucana “é a que mais conhece Goiás” e a que tem “verdadeiramente uma
história de trabalho pelo desenvolvimento do nosso Estado. Os goianos sabem
disso e não vão errar”.

Discurso e prática

O ex-governador ainda manteve a série de indiretas contra
Caiado, dizendo que “falar é fácil”, sobre o discurso e propostas do democrata.
“Entre o discurso e a ação, há um abismo muito grande. Se a gente não arregaçar
as mangas, as coisas não acontecem”.

Nova punição

Decisão do TRE-GO retirou do ar mais 39 inserções de
televisão e 41 de rádio do candidato Zé Eliton. A propaganda irregular de
promovia ataques com acusações supostamente falsas a Caiado, da coligação “A
Mudança é Agora”. 

Pelas redes

O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, foi às redes
sociais contra o rival do PSL, Jair Bolsonaro, aproveitando o embalo da
polêmica envolvendo propostas do economista Paulo Guedes na área tributária.

No bolso

Em vídeo, Ciro afirmou que Bolsonaro, embora diga que não
planeja aumentar impostos, recriará a extinta Contribuição Provisória sobre a
Movimentação Financeira (CPMF) e unificará a alíquota do Imposto de Renda em
20%.