Coluna

Só a influência de Bolsonaro é pouco para eleger presidente

Publicado por: Wilson Silvestre | Postado em: 18 de novembro de 2023

A eleição para prefeitos e vereadores de 2024 nem foi realizada, mas as conversas sobre a de 2026 começaram a ocupar espaços na mídia. Nomes como os dos governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), Goiás, Ronaldo Caiado (União), Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), Paraná, Ratinho Júnior (PSD), e da senadora do Mato Grosso do Sul, Tereza Cristina (PP), entre outros menos cotados, entram nas conversas. No entanto, a pergunta que mais se houve é: quem será o herdeiro político do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)? A expectativa bolsonarista seria o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, mas ele tem se distanciado do criador, leitura interpretada que ele será candidato à reeleição. Por estar inelegível, restam às ‘viúvas do bolsonarismo’ garimpar um nome que seja conservador e de direita. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, e a senadora do Mato Grosso do Sul, Tereza Cistina, preenchem os requisitos. Mas têm um entrave: nenhum dos dois tem perfil de vassalo e, nas primeiras reuniões com Bolsonaro, dariam adeus à aliança. Esse temperamento impositivo do ex-presidente preocupa os candidatos à direita que gostariam de ter o apoio dele, mas temem atritos que possam provocar uma ruptura e acabar com uma candidatura. O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, tem ciência disso e está convicto  que só o carisma e a popularidade de Bolsonaro não elegem um candidato a presidente. Além disso, a pulverização da direita preocupa também os presidentes do PP, senador Ciro Nogueira, e do Republicanos, Marcos Pereira.

Ciro e Pereira de olho em Caiado

Ciro Nogueira não esconde de ninguém que gostaria de ter Tarcísio nas fileiras do PP como candidato a Presidente da República, mas tem consciência que o governador de São Paulo está cada vez mais inclinado a disputar a reeleição. O mesmo ocorre com Marcos Pereira, que vê Caiado como uma opção dos conservadores de direita.

Continua após a publicidade

Firme no União

Ao contrário das especulações sobre uma possível mudança de Caiado para o PL, a coluna apurou que o governador goiano está “muito bem, obrigado!” no União Brasil. “Como em todo grande partido, existem divergências, mas nada que não possa ser resolvido com uma boa conversa. O União prima pelo diálogo e o governador Caiado tem peso político na legenda”, disse à coluna um deputado federal ligado ao presidente do União Brasil, Luciano Bivar.

Opções de Fábio

A base política do prefeito de Cidade Ocidental, Fábio Corrêa (PP), conta com cinco nomes com potenciais chances de ser um dos candidatos a prefeito em 2024. “Todos são excelentes nomes e acredito que até o prazo legal para as convenções no ano que vem haverá um consenso entre eles”, resume Fábio.

De zero a 100

Prestes a cumprir o segundo mandato em Cidade Ocidental, Fábio diz que “hoje, diferente de quando assumi a prefeitura em 2016, todas as contas estão em dia e com ‘conceito ouro’ no TCM. Fomos de zero a 100 na qualidade de vida e acredito que nossa gente tem o que comemorar, mas os desafios não param”, diz Fábio Corrêa.

Fora do PL

O PL de Valparaíso vai perder o vereador Alceu Gomes, que vai continuar na base do prefeito Pábio Mossoró (MDB). “Sou da base e vou continuar nela e, assim que abrir a janela partidária no ano que vem, migro para um partido aliado do prefeito Pábio.”

E o Zequinha?

Especulações dão conta que o vereador José Pereira (Zequinha) também deve deixar o PL e permanecer na base de Pábio Mossoró. A coluna não conseguiu contato com ele, mas, se confirmar a saída, é mais um desfalque para o grupo de Lêda Borges (PSDB). (Especial para O Hoje)