O presidente da Assembleia, Bruno Peixoto, faz tudo e não surge uma autoridade para barrar seus exageros. Parlamentos da Europa, e o próprio Congresso Nacional, não dispõem de frota aérea, mas a Alego tem AeroBruno cruzando os céus do Brasil por conta dos pobres de Goiás. A sede do Legislativo comporta no máximo 800 assessores e tem 6 mil servidores comissionados. Parece haver uma cegueira generalizada em relação às farras, a última esperança é o Ministério Público.

O procurador-Geral de Justiça, Cyro Terra, fará um bem à sociedade se reunir os promotores de justiça do interior e estabelecer vigilância a programas como o Deputados Aqui. Certamente, os membros do MP estão de olho na superestrutura dos eventos. É coisa chique e, portanto, cara. Centenas de servidores ganhando diárias, caminhonetes locadas, aviões, som de 1ª, tendas novas, palco de usar no Rock in Rio. Quem banca as compras, as locações, as contratações de pessoal? O suor dos goianos.

Os deputados honestos estão temerosos da chegada da polícia às 6 da manhã em suas casas e gabinetes, pois não há impunidade que dure para sempre. “Uma hora isso vai dar m(*)”, disse um parlamentar a O HOJE. A operação, ensina um aliado de Bruno, precisa alcançar também os diretores da Assembleia, pois quem está só usando, sem ganhar dinheiro sujo, vai entregar tudo em caso de delação premiada. 

A frase é do mesmo que gracejou:

“Vocês do HOJE chamam o presidente de AeroBruno e Bruno Camelão. Eu trato ele de Abílio”.

Abílio?

“É: Abílio Nário”.

E riu sem parar.