Sobra partido no Brasil e falta para candidato forte a deputado
Deputados estaduais e federais e os principais candidatos a alcançar os dois cargos simplesmente podem ficar sem vaga para concorrer. Partidos grandes são os mais assustadores. É o caso do PSD, com integrantes nos Legislativos nacional e regional – bom, ao menos enquanto. Eis sua virtude e seu defeito, pois os interessados em candidatura preferem siglas com esperança em eleger alguém, desde que não tenha alguém eleito.
E o PSD tem Ismael Alexandrino na Câmara e, na Assembleia, Cairo Salim e Wilde Cambão. Passaram os últimos anos levando emendas para suas bases, participaram de eleições municipais e os que venceram vão apoiá-los. Em tese, serão meros cabos eleitorais de quem já está no poder.
Imagine a distância que esse pessoal quer dos partidos realmente grandes? Correm para longe de União Brasil, MDB, PL, PT. Até as agremiações tidas como nanicas estão superlotadas: o Agir tem Rosângela Rezende, o Avante com Gugu Nader e André do Premium, o PRD com Cristóvão Tormin. Sim, são poucos, mas os deputáveis evitam começar perdendo de 7×1.
Para 2026 vai aumentar um pouco, mas em 2022 houve cerca de 3,5 milhões de votos válidos divididos por 17 vagas de deputado federal e 41 de estadual. O partido teve de somar 200 mil votos para mandar alguém à Câmara dos Deputados e 85 mil à Assembleia. A briga toda pode ser inútil, porque se não tiver puxador de voto, é quase impossível alcançar esses números