Siglas grandes terão suplentes na Alego com 40 mil votos
Os partidos grandes estão com mais um problema maior que eles, a montagem das nominatas para deputado. À medida que se aproxima 4 de abril, o suor frio toma conta. Veja-se o caso de União Brasil (de Ronaldo Caiado), do MDB (de Daniel Vilela), do PL (de Wilder Morais), do PT (de Adriana Accorsi) e do PSD (de Vanderlan Cardoso). Simplesmente ninguém comum os quer: a exigência será de votação gigantesca. Haverá cadeira na Assembleia para deputado com 20 mil votos e banco na praça para suplente com 40 mil.
Em 2022, 3 suplentes tiveram mais de 30 mil votos e 5 titulares com 20 mil ou menos. O quadro vai se acirrar pela dinheirama desenfreada dos últimos 4 anos. Nos 5 partidos citados acima, ninguém vai se eleger com menos de 40 mil, enquanto os nanicos terão vaga para quem fizer de 15 mil em diante. Depois da posse, a quantidade de votos não interessa.
No quadro de hoje na Alego, diante do troca-troca de cadeiras para dar chance a quem está de fora, são 16 partidos presentes. União Brasil e PP são uma federação e, juntos, estão com 11 deputados. Quem entrar hoje em qualquer dos dois só pode sonhar em ser o 12º mais votado. Em 2022, pra dar 12 só juntando UB e MDB. Para onde vai o sonhador? Para o pequenino Solidariedade. Pequenino nada: tem 5, a soma do PP de Alexandre Baldy (3) e do PSDB de Marconi Perillo (2).
É uma conta dificílima, pois muda todo dia. Exemplo: esse mesmo Solidariedade está a ponto de perder todos os seus deputados, ótimo para quem quer entrar. Temendo não filiar o suficiente, vão migrar para quem está sem, como o PRTB. São R$ 2 milhões por mês para cada deputado estadual, porém é custoso chegar lá sem a montanha de reais de lá.