Tem mais pesquisas em Goiás que pamonharia e vendedor de pequi
A frase mais pronunciada, ultimamente, não é “cadê meu emprego?”, mas “essa pesquisa é para consumo interno, te dou os números, desde que não diga quem passou”. Cada qual conta sua versão dos supostos levantamentos feitos nas ruas e tem mais pesquisador em Goiás que pamonharia e carrinho de pequi. Umas fizeram 400 entrevistas, outros exageram para mil e há mentirosas que falam em até 3 mil. Bem ou malfeitas, fazem sucesso e estão amedrontando gente muito séria e importante.
Na Assembleia Legislativa, que se tornou um bunker de marconistas, adivinhe quem lidera as fofocas? O próprio. “Ninguém mais segura o Marconi”, “Já passou o Daniel”, “Se quiser aderir vem logo que daqui a pouco não precisamos mais”. O repórter de O HOJE viu pelo menos dez versões nesta 2ª quinzena de setembro. Há delas por telefone, outras por internet, a maioria presencial. Bem ou mal realizadas, todas assustam políticos de proa que querem agir antes de o barco naufragar.
O dado aterrador é a frente aberta por Gustavo Gayer. Fala-se no dobro da soma dos demais. Em comum, as pesquisas mostram que não há favoritismo quanto a 2º turno entre Daniel, Marconi e Wilder. A tal com 3 mil entrevistas foi para celulares. Obedecendo a critérios técnicos, segundo os responsáveis, perguntou a quem o trio é ligado. As respostas mais constantes:
Marconi – ninguém, não sei.
Daniel – ninguém, Lula e Ronaldo Caiado.
Wilder – não sei, Caiado e Jair Bolsonaro.