Coluna Xadrez
Termina lua de mel entre Caiado e José Eliton na transição de gov
Publicado por: Sheyla Sousa | Postado em: 03 de novembro de 2018Vídeo publicado pelo governador eleito, Ronaldo Caiado
(DEM), selou o fim do clima amistoso entre as equipes de transição de governo.
O senador acusou o governador José Eliton (PSDB) de autorizar “calote” no
salário dos servidores estaduais, por conta da assinatura de decreto que revoga
a obrigatoriedade de que as despesas relativas à folha de pagamento sejam
empenhadas e liquidadas dentro do respectivo mês de competência. “O governador
transfere para ele a prerrogativa de não quitar a folha de pagamento dos
próximos meses. Ou seja, usar o direito do servidor público para quitar
compromisso que lhe interessam e que protegem o CPF dele”, apontou na
declaração. Em resposta ao ataque, o governador nota assinada por Afrânio
Cotirm Júnio no twitter. Segundo o tucano, “o decreto apenas confirma o que
determina a Constituição sobre as obrigações para a execução orçamentária e
financeira do atual exercício” e atende recomendação do Tribunal de Contas do
Estado. A nota é encerrada com tom político ao apontar que Caiado “insiste em
não descer do palanque”.
Garantia
O governo rejeita afirmação de que o salário de servidores
poderá não ser pago até o fim da gestão. “Por diversas vezes a mesma informação
falsa, disseminada pelo senador e por seus apoiadores, foi contestada durante a
campanha”.
Pedidos
A guerra de versões entre o atual e o próximo governo tende
apenas a aumentar. Eliton garante que atendeu demandas por informações. “Já
foram enviadas mais de 5 mil páginas de dados para atender as primeiras
solicitações”.
Argumento petista
Na defesa final de Luiz Inácio Lula da Silva no segundo
processo em que será julgado por corrupção e lavagem de dinheiro na Operação
Lava Jato, a defesa do ex-presidente usa as negociações do juiz federal Sérgio
Moro para apontar a perda da “imparcialidade” do magistrado. No documento
apresentado nesta semana à Justiça Federal, o petista alega ser inocente e
vítima de perseguição política. Os apontamentos foram feitos ainda antes de
Sérgio Moro aceitar o convite do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para
comandar o superministério da Justiça. Preso e condenado a 12 anos e um mês de
prisão no caso triplex, Lula será julgado por receber propina de cerca de R$ 12
milhões da Odebrecht, na compra de um terreno pela empreiteira para o Instituto
Lula e de um apartamento em São Bernardo. “Reforçamos que o ex-presidente é
vítima de lawfare – que consiste no abuso e mau uso das leis e dos
procedimentos jurídicos para fins de perseguição política – e que não cometeu
os ilícitos que lhe foram atribuídos pelo Ministério Público Federal”.
CURTAS
Comprometido –
Nota da defesa de Lula diz que “participação do magistrado em formação do
governo do Presidente eleito” compromete decisões anteriores de Moro.
Internacional – A
companhia Ballet Nacional da Rússia Renascimento apresenta o espetáculo ‘Romeu
e Julieta’, no dia 11, às 20h, no Teatro Rio Vermelho.
Água e dívidas – A
Saneago também vai participar desta Semana de Conciliação, do Tribunal de
Justiça de Goiás. A renegociação de débitos começa na segunda (5).
Previsível
A nova investigação da Polícia Federal sobre a existência de
organização criminosa que impede a elucidação da morte da vereadora Marielle
Franco deverá apurar se houve má conduta e proteção ilegal a criminosos por
parte de policiais civis do Rio de Janeiro.
Nada a ver
O reitor da UFG, Edward Madureira, afirmou que a Associação
Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes)
deve debater na próxima semana as propostas de mudança de Bolsonaro par a
gestão de Educação Superior.
Análise
“Certamente a Andifes deve fazer uma reunião da diretoria na
próxima semana e convocar um conselho pleno para se posicionar”, afirma. Entre
as alterações, está alteração da subordinação da gestão de universidades, para
reduzir gastos.
Equívoco
O procurador do Ministério Público de Contas, Fernando
Carneiro, usou as redes sociais para definir como ilegal o decreto goiano que
revoga a obrigatoriedade de liquidação da folha dentro do respectivo mês.
Questionamento
Segundo Carneiro, a determinação “viola o artigo 60 da Lei
4.320/64: É vedada a realização de despesa sem prévio empenho”. O procurador
ainda opina e pergunta na postagem: “Desespero?”.
Goiana
Tem sido especulado na imprensa nacional que o nome preferido
do governador eleito de São Paulo para sua secretaria da Fazenda é o da
economista Ana Carla Abrão. Ela é conselheira do tucano e já foi ocupou o cargo
em Goiás.