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domingo, 24 de novembro de 2024

Varejo restrito atinge recorde em fevereiro, depois de avançar 1,0%

Os números do varejo em fevereiro vieram acima do esperado pelos mercados e, embora tenham demonstrado alguma perda de velocidade em relação a janeiro, foram suficientes para que o comércio varejista tradicional elevasse suas vendas para o nível mais elevado na série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), segundo a pesquisa mensal […]

Os números do varejo em fevereiro vieram acima do esperado pelos mercados e, embora tenham demonstrado alguma perda de velocidade em relação a janeiro, foram suficientes para que o comércio varejista tradicional elevasse suas vendas para o nível mais elevado na série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), segundo a pesquisa mensal do comércio divulgada ontem. Na comparação mês a mês, que utiliza dados dessazonalizados, as vendas do varejo restrito avançaram 1,0% em fevereiro diante de janeiro, quando o setor havia registrado alta de 2,8%. O resultado contrariou fortemente as previsões de queda de 1,5% alimentadas pelos mercados para o segundo mês do ano, na comparação com janeiro.

O varejo ampliado, que inclui concessionárias de veículos e motos, lojas de autopeças e o “atacarejo” de materiais de construção e de alimentos, bebidas e fumo, cresceu 1,2% na passagem de janeiro para fevereiro, depois de avançar também 2,8% em janeiro. As previsões mais constantes no mercado financeiro apostavam em um recuo de 0,8% para as vendas do comércio varejista ampliado em fevereiro. Nas duas áreas, foi o segundo mês consecutivo de aumento nas vendas, o que não ocorria desde agosto e setembro do ano passado, de acordo com o IBGE, com altas respectivamente de 0,5% e de 0,7% em relação aos meses imediatamente anteriores. 

Se o varejo “puro” conseguiu bater recorde, o comércio varejista amplo mantinha-se em torno de 0,8% abaixo do seu melhor momento na série histórica, alcançado em agosto de 2012 – em grande parte por conta das perdas acumuladas nos últimos anos pelo setor de veículos, dado o encarecimento do crédito num setor em que as vendas dependem fundamentalmente de financiamento.

Crescimento zero

Os dados da pesquisa do IBGE para Goiás mostram uma estagnação das vendas no varejo restrito na saída de janeiro para fevereiro, com o setor virtualmente repetindo os volumes vendidos no primeiro mês deste ano, interrompendo uma sequência de oito meses consecutivos de taxas positivas. Em dezembro do ano passado e em janeiro deste ano, tomado novembro e o mesmo dezembro como base para comparação, respectivamente, as vendas do varejo goiano tradicional haviam crescido 3,2% e 2,2%. A reação mais recente das vendas nesta área representou de fato alguma melhora no cenário, mas os volumes vendidos nas lojas e magazines exclusivamente varejistas mantinham-se perto de 0,5% abaixo dos níveis observados em fevereiro de 2020 e nada menos 28,2% inferiores a fevereiro de 2014, mês em que o varejo convencional havia produzido em Goiás seus melhores resultados na série do IBGE.

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