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quarta-feira, 25 de dezembro de 2024

Vendas voltam a cair em Goiás e derrapam no restante do País

Foi o terceiro mês em terreno positivo, depois da redução de 0,9% anotada em abril, sempre na comparação com o mês imediatamente anterior

Foto: Rovena Rosa/ABr

Em seu conceito mais amplo, que inclui o varejo tradicional, concessionárias de veículos e motos, lojas de autopeças e de materiais de construção, além de redes de “atacarejo” de alimentos e bebidas, as vendas do comércio andaram de lado em todo o País, com variação de 0,1% na passagem de junho para julho, medição mais recente realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De toda forma, foi o terceiro mês em terreno positivo, depois da redução de 0,9% anotada em abril, sempre na comparação com o mês imediatamente anterior, na série dessazonalizada. Naqueles três meses, o varejo amplo acumulou variação de 1,20%.

Para Goiás, tomando o mesmo conceito e considerando ainda indicadores já dessazonalizados, com exclusão de fatores e eventos que ocorrem todos os anos numa mesma época, os resultados foram menos promissores neste começo de semestre, com baixa de 0,6% diante de junho, quando havia sido registrada certa estabilidade para as vendas do varejo amplo, numa variação de apenas 0,1%. Desde abril, o volume vendido pelo varejo ampliado no Estado anotou redução de 3,2%.

“Nos três últimos meses, as vendas reais do comércio varejista vêm perdendo fôlego, muito embora o terreno negativo tenha sido evitado”, registra o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), igualmente levando em consideração os números do comércio varejista mais amplo em todo o País. O avanço de 3,8% nas vendas de veículos, motos e peças foi contrabalançado pelo recuo de 0,2% no segmento de atacado e varejo de materiais de construção.

Altas e baixas

No varejo mais restrito, que contempla estabelecimentos exclusivamente varejistas, a exemplo de supermercados, farmácias e lojas de departamento, parece assumir maior peso o comportamento do emprego e da renda, que continuavam avançando até o começo do segundo semestre. Na média do País, as vendas saíram de uma queda de 0,9% em junho para incremento de 0,6% em julho, na comparação com os meses imediatamente anteriores. Nesta área, tiveram alta as vendas de hipermercados e supermercados (mais 1,7%), lojas de tecidos, vestuário e calçados (mais 1,8%), móveis e eletrodomésticos (mais 1,4%), equipamentos para escritórios, informática e comunicação (elevação de 2,2%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (com avanço de 2,1%). Combustíveis e lubrificantes, em baixa de 1,1%, e artigos de farmácia, médicos, ortopédicos e de perfumaria, numa redução de 1,5%, entraram em terreno negativo. “Também vale notar que 40% dos ramos identificados pelo IBGE não conseguiram crescer na passagem de junho para julho de 2024”, comenta o Iedi.

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