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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

Ventos da direita vindos dos EUA e Europa podem alcançar o País

Wilson Silvestrepor Wilson Silvestre em 16 de setembro de 2025
Takeshi Gondo - Ilustrador
Takeshi Gondo - Ilustrador

O lulopetismo e o bolsonarismo continuam atuantes, mas uma nova ventania vinda de todos os continentes sopra com muita força em direção ao Brasil. O fenômeno direita e conservadores juntos não é novo, mas agora esses espectros políticos estão decididos a contrapor os ataques da esquerda. Antes, quando se manifestavam contra a esquerda, imediatamente eram rotulados de fascistas e extremistas de direita. No entanto, dois episódios distintos estimularam uma mudança comportamental: a “revolta da geração Z” no Nepal, que derrubou o governo fantoche da China, e o assassinato do ativista conservador Charlie Kirk, nos EUA.

Somam-se a eles os episódios de revolta popular na França, Inglaterra e Alemanha. Na Europa, diferente do Nepal, o estopim é a imigração, enquanto no Oriente foi desencadeado devido ao alto índice de privilégios e corrupção. Algo bem parecido com o Brasil, em que a corrupção grassa como praga, bem como os privilégios do andar de cima da pirâmide social. Embora a velha mídia insista em defender a lisura do julgamento de Jair Bolsonaro e seu entorno, metade da população não pensa assim. Esse sentimento foi colhido pelo Datafolha entre os dias 8 e 9 de setembro, que mostra 50% da população a favor da prisão e 43% contra.

Mesmo com Bolsonaro preso e doente, esses números mostram que ele ainda é a maior força política que move a direita. Mesmo preso, vigiado por forte esquema de segurança, com a mídia ‘desconstruindo’ sua imagem 24h, o nome que ele apoia tem chances de vencer a eleição. Ele não pode cair na tentação de colocar um de seu clã para disputar a Presidência da República. Se fizer isso, Lula pode encomendar um terno novo.

Eleitorado orgânico para puxar votos

É recorrente ouvir entre os bolsonaristas a frase: “Ele está preso, mas seu ideal de país vai continuar conosco”. O desafio é manter essa chama acesa no inconsciente de massa, por isso os apoiadores de Tarcísio têm pressa em definir seu nome como herdeiro político. O problema é que a ala mais radical quer emplacar um dos filhos ou a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Algo que não faz parte dos planos do Centrão e da direita moderada.

Caminho de volta

Se tudo correr conforme o enunciado, ou seja, Tarcísio candidato dos conservadores e da direita, restará aos governadores em fim de mandato e concorrentes ao Palácio do Planalto — Ronaldo Caiado (UB-GO), Romeu Zema (Novo-MG), Ratinho Júnior (PSD-PR) e Eduardo Leite (PSD-RS) — disputar o Senado para preservar o capital político.

“Rebatizar não é inovar”

O presidente nacional do PSDB e ex-governador de Goiás, Marconi Perillo, visitou o grupo O Hoje, onde foi recebido pelos executivos José Allaesse (editor-geral) e Gean Allaesse (CEO do grupo). Ele também concedeu entrevista para o canal de streaming no YouTube e para o jornal impresso. Teceu críticas à gestão de Ronaldo Caiado, entre elas a de que ele tentou “apagar” o legado do PSDB.

“Rebatizar não é inovar. A população sabe que as bases de programas sociais e de infraestrutura vêm de longe. Renomear não amplia o atendimento, não cria vagas, não melhora o serviço”, pontua.

Reconstruir confiança

Sobre a taxa do agro para o Fundeinfra, Marconi disse que “quem investe não pode ser surpreendido por taxas, principalmente após promessa de que elas não existiriam. A confiança [dos produtores] precisa ser reconstruída”. Marconi acrescenta: “Não se trai quem carrega a economia do Estado nas costas”. (Resumo da entrevista na página 5).

Cadê minha parte?

O pessoal do agronegócio em Rio Verde está inquieto e bate na porta das lideranças políticas com uma pergunta: “Cadê as obras prometidas com o dinheiro do Fundeinfra? Afinal, somos o município que mais contribui com essa taxa e está muito à frente do segundo colocado, mas as obras ninguém vê”. Com a palavra, o Ifag.

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